A busca pela capacitação técnica e reciclagem dos conhecimentos é uma realidade que também está tomando conta da medicina. Para alcançar esses objetivos, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) realiza o programa de ‘educação médica continuada’, com apresentações sobre as diversas áreas da profissão e debates sobre temas éticos. Neste fim de semana, está sendo realizado o sétimo módulo, com aulas sobre ginecologia e obstetrícia.
O programa foi implantado em 2006 e neste ano, que atende cerca de 60 participantes, a presença de médicos do interior aumentou. São profissionais como as médicas Cássia e Catarina Dalbem, mãe e filha que moram em Cáceres ( 225 km de Cuiabá) e estão sempre presentes nas aulas. Apesar de serem especialistas em ginecologia e obstétrica, elas acreditam que médicos que atuam no interior devem ter conhecimentos mais abrangentes, pois lidam com diversos casos e pacientes que procuram ajuda.
O organizador, médico e conselheiro Serafim Lanzieri, também chama a atenção pela crescente participação de médicos especialistas e experientes, com mais de 10 anos de profissão. “São veteranos que voltam à sala de aula para ficarem atualizados em tudo, pois sabem hoje os pacientes exigem do médico conhecimento amplo e geral”, constatou durante uma palestra para estudantes de Medicina.
As aulas são coordenadas pelo presidente do CRM-MT e especialista em ginecologia, obstetrícia e mastologia, Aguiar Farina. Serão tratados temas como anticoncepção; climatério; doenças sexualmente transmissíveis; assistência pré-natal; entre outros. Ao começo de cada módulo, são debatidos assuntos sobre ética médica e neste sábado o tema será atestado de óbito.
Segundo Farina, o programa é a consolidação da nova tendência da entidade e do Conselho Federal de Medicina: realizar ações preventivas e educativas com os médicos. “O CRM é um órgão fiscalizador e julgador da profissão. Queremos ter uma função pedagógica, sempre zelando pela ética, prestígio e conceito da Medicina. Assim, muitos erros serão evitados, teremos profissionais mais éticos e com melhor relacionamento com a sociedade”.