A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) e o Ministério da Saúde (MS), na defesa da saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentam informações e orientações sobre como lidar com a proliferação do caramujo africano (Achatina Fulica), um molusco grande, terrestre, nativo do Leste e Nordeste da África e que chega a atingir, quando adulto, mais de 200 gramas de peso.
“A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. O Ministério da Saúde tem recomendado que as ações de combate ao Caramujo Africano sejam executadas apenas por adultos, devidamente protegidos. Crianças não devem manipular os moluscos uma vez que as doenças podem ser transmitidas facilmente”, alertou o sanitarista da Vigilancia Epidemiológica da Saúde do Estado, Aparecido Alberto Rodrigues Marques .
Um dos microorganismos causador de doenças é o Angiostrongytus costaricensis, que resulta na angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito. O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Embora essas doenças não tenham ocorrência registrada em território brasileiro o Ministério da Saúde prescreve uma série de ações, no combate ao caramujo africano, que devem ser executadas como medida de prevenção.