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Dengue: 1.700 casos no Estado em janeiro e suspeita de 2 hemorrágicos em Sinop

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A Secretaria de Estado de Saúde fechou o mês de Janeiro de 2007 com um total de 1.700 casos notificados de dengue em Mato Grosso. Comparado com o mesmo período do ano passado, que foi de 1.777, o número de casos notificados se manteve proporcional. A coordenadora estadual do Programa de Controle da Dengue, Maria de Lourdes Girardi, disse que uma série histórica do comportamento da dengue mostra que, nos últimos dois anos, tem havido uma tendência ao crescimento das notificações de casos no Estado.

Em 2005 foram notificados para 11 mil casos de dengue em Mato Grosso. Em 2006 chegou a 14.300. Somente no mês de Janeiro o Estado já contabilizou 1.700 casos. “A dengue é uma doença em que o mosquito transmissor necessita de água limpa para por os ovos e aumentar a sua população. Os meses chuvosos são os em que ocorrem maior número de notificações devido ao aumento da população do mosquito. São justamente nesses meses que o Estado se prepara para as ações de bloqueio epidemiológico”, disse Maria de Lourdes.

O Estado trabalhou, no mês de Janeiro de 2007, com cinco casos suspeitos de dengue hemorrágica: um em Várzea Grande, um em Primavera do Leste, dois em Sinop e um em Sapezal. Os casos de Várzea Grande e Primavera do Leste foram descartados como não sendo dengue hemorrágica e os pacientes passam bem Os dois casos registrados no município de Sinop, um foi confirmado como dengue hemorrágica e o paciente foi à cura. O outro caso de Sinop, com óbito, ainda está sendo investigado, e os exames foram encaminhados para o laboratório nacional de referencia (Instituto Evandro Chagas) onde estão sendo feitos exames que indicarão se a mortes ocorreu por dengue hemorrágica ou por outro agravo.

Quanto à notificação do município de Sapezal que resultou em óbito, as investigações laboratoriais são para verificar se a causa mortis foi de dengue hemorrágica , de hantavirose ou de leptospirose, vez que os três agravos apresentam sintomas iniciais muito parecidos.

A Secretaria de Estado de Saúde, juntamente com os municípios do Estado, está alerta quanto ao avanço da dengue e montou um Plano de Contingência para o enfrentamento da doença. Nesse plano são identificados os municípios prioritários para a doença, que estão em regiões de fronteira, com alto fluxo migratório onde, com o aumento das chuvas, ficam propícios à proliferação do mosquito da dengue, e nos quais se faz o bloqueio da transmissão da doença com uso de UBV em veículo motorizado, também conhecido como Fumacê, e com equipamentos costais.

Os municípios de Alta Floresta, Araguaiana, Araputanga, Carlinda, Aripuanã, Barra do Bugres, Brasnorte, Colniza, Cotriguaçú, Mirassol do Oeste, Nova Guarita, Rio Branco, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Várzea Grande e Cuiabá já receberam o fumacê e continuam sendo constantemente observados pela Secretaria de Estado na monitoração da dengue.

Já os municípios de São José dos Quatro Marcos, Vera, Araputanga, Rio Branco, Cáceres, Sorriso e Aripuanã, estão recebendo o bloqueio químico da doença com o uso do UBV pesado, no qual se usa a nebulização do Fumacê por meio de um veículo que alcança maior área em menos tempo de uso.

Mesmo antes do início das chuvas o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde e os municípios de Mato Grosso anteciparam ações no enfrentamento da dengue. “O Plano de Contingência para o Controle da Dengue está em prática desde outubro de 2005 e disponibilizou equipamentos para controle do mosquito aedes aegypti, capacitou médicos para diagnóstico e tratamento de casos mais graves, e capacitou equipes do Programa Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), e do Programa Saúde da Família (PSF), além dos supervisores de campo, técnicos de Vigilância Epidemiológica e médicos das unidades de Saúde.

Porém o Estado continua em alerta. Neste aspecto o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, informou aos municípios prioritários da situação de cada um deles. “Nunca é demais enfatizar o fato de que a dengue não é uma doença só de responsabilidade do MS ou da Secretaria de Estado de Saúde”, ressaltou o secretário. “A luta contra a dengue é uma luta integrada, em que a Saúde conta com a participação das Secretarias municipais de Saúde, de Serviços Públicos, para manter terrenos e ruas limpas, do Meio Ambiente, de Infra-estrutura e outras. À população cabe permitir que os trabalhadores envolvidos nessa tarefa possam entrar nas casas, após a correta identificação funcional, para a realização de inspeção do imóvel buscando a identificação de criadouros que podem ser eliminados, no caso de recipientes inservíveis, e a vedação de depósitos de água bem como o controle com larvicidas dos depósitos de água que continuarão sendo usados”. Os agentes também orientam a população quanto aos sintomas da dengue e que devem procurar uma unidade de saúde para a devida avaliação médica

Medidas – Evitar acúmulo de qualquer tipo de recipiente que possa acumular água limpa, ainda que numa lâmina de apenas três milímetros do líquido, em casa ou nos quintais, manter limpos os terrenos baldios, lavar e tapar caixas ou tambores de água pelo menos uma vez por semana, manter caixas d’água limpas e tapadas, são ações que cabem à população praticar. “As atividades de controle e prevenção não podem parar, Elas têm que ser contínuas. Aceitar as orientações dos profissionais de Saúde que visitam as casas e praticar esses conselhos é essencial para o enfrentamento e controle da dengue”, finalizou Maria de Lourdes Girardi.

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