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Alta Floresta: hospital municipal suspende atendimentos

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A queda de braço entre prefeitura e câmara em Alta Floresta pela aprovação do projeto de crédito adicional de R$7,5 milhões que o Executivo argumenta ser necessário para bancar gastos de secretarias e concluir obras provocou os primeiros reflexos na área de saúde pública. Nesta quarta-feira, desde às 11h, o Hospital Municipal Albert Sabin suspendeu consultas, exames laboratoriais e outros atendimentos para pacientes cujo quadro clínico não inspire gravidade. Somente os setores de urgência e emergência estão operando.

A medida, definida em consenso com o quadro clínico, visa garantir por pelo menos mais dez dias os poucos medicamentos em estoque para as pessoas que estão internadas e que necessitem de maior atenção. “Trabalhamos com nossos estoques em nível de segurança e agora chegamos ao limite. Em três anos e onze meses nunca houve situação como esta”, declarou, ao Só Notícias, o diretor José Marcos Santos da Silva. O responsável salienta ainda que em maio a última remessa de medicamentos foi adquirida.

“O município compra de seis em seis meses. Estava prevista uma nova aquisição. Houve sobra de caixa mas não se tem autorização da câmara para utilizá-la”, falou. Segundo o responsável, o hospital, diante dos gastos realizados mensalmente, na ordem de R$75 mil, necessitaria de recursos extras para custear as despesas, o que seria suprido pela suplementação.

A situação, segundo ele, pode ser classificada como grave, levando-se em conta a quantidade de pacientes atendidos na unidade, seja do extremo Norte (Alta Floresta, Carlinda, Paranaíta, Apiácas, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes), com população de aproximadamente 120 mil pessoas, como do Sul do Pará e Amazonas.

A Secretaria de Saúde de Alta Floresta foi comunicada oficialmente da decisão e a direção também comunicará o Ministério Público. “Nosso estoque não terminou ainda, mas precisamos priorizar pacientes emergenciais”, ponderou. O hospital conta atualmente com 71 leitos para média complexidade. Por mês, são atendidos 2,6 mil pacientes, o que gera pelo menos 15 mil procedimentos. Atualmente, trabalham na unidade 22 médicos.

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