A falta de um médico intensivista continua sendo a principal barreira para o Hospital Regional de Sorriso retomar atendimentos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). A situação dura mais de dez dias e, até o momento, não foi contratado profisssional ( o anterior faleceu). Esta foi a principal discussão ontem à tarde, na audiência pública realizada, em Sorriso, pela Comissão de Saúde Assembléia Legislativa. O hospital atende pacientes de mais de 15 cidades do Nortão em sistema de consórcio. Os deputados receberam reivindicações para que seja construído novo bloco do Pronto Socorro para melhorar o atendimento para os pacientes, ampliar a maternidade (que faz 1.200 partos/ano), ampliar a cozinha (onde são feitas refeições para quem está internado), melhorar contribuição das prefeituras para o hospital remunerar melhor os profissionais e construção de centro de hemodiálise. As cobranças serão discutidas com a Secretaria Estadual de Saúde.
Os deputados Guilherme Maluf, José Domingos, Nilson Santos e Azambuja reuniram-se com a sociedade e a diretora do hospital, Rejane Joana Potrich Zen. Pacientes da região Norte que necessitam de internações em leitos da UTI, continuam sendo remanejados para outras cidades onde o serviço é oferecido, por meio da central reguladora de Cuiabá.
Ao que tudo indica, a situação não deve ser solucionada em curto prazo, pois requer a procura de profissionais capacitados, bem como propostas que atendam as expectativas dos interessados. Segundo Rejane, não há como precisar o total de pacientes que deixaram de ser recebidos nos oito leitos do hospital desde o início do problema, já que todos eram destinados por meio da central de regulação.
Ela lembra que todos as vagas eram preenchidas constantemente. “Não passava por nós, mas sim pela regulação. Nossos oito leitos estavam funcionando direto, pois havia pacientes que ficavam por períodos diferentes. Todos ficavam ocupados”, declarou, ao Só Notícias. Entre as cidades atendidas estavam Sorriso, Vera, Feliz Natal, Nova Ubiratã, União do Sul, Lucas do Rio Verde, Santa Carmem, Sinop, Cláudia, Santa Rita do Trivelato, Ipiranga do Norte, Tapurah, Itanhangá e Nova Mutum.
Por outro lado, conforme a diretora, negociações com profissionais especializados na área intensivista estão sendo mantidas. “Estamos negociando com alguns médicos. Semana que vem dois visitarão o hospital. Outros com quem conversamos não deram certo”, lembrou Rejane.
O Hospital conta atualmente com 46 médicos. O número é insuficiente devido a grande demanda gerada para as diferentes especialidades. Possuem UTI no Nortão os hospitais Santo Antônio (Sinop) e Regional de Colíder.
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