Em média, 25% da população brasileira hoje é fumante, conforme levantamentos dos especialistas da área. Em Mato Grosso, esse percentual aponta para pelo menos 600 mil pessoas adeptas ao vício, sendo 90 mil adolescentes de 14 a 17 anos. Experimentar é característico dessa faixa etária, então, o melhor, segundo o pneumologista Clóvis Botelho, é canalizar a curiosidade para outras áreas, o esporte talvez seja o melhor deles, porque de fato não combina com cigarro.
“Se falar que vai morrer o jovem dá gargalhadas, afinal, a vitalidade que ele tem hoje destoa da imagem trágica passada pelas estatísticas, o melhor é trabalhar com argumentos simples e que incomodam”. Atenção galera super preocupada em estar bonita e na moda: fumar provoca envelhecimento precoce, além de deixar, a médio e longo prazo, os dentes amarelos e impregnar os cabelos, a roupa e o hálito, com um cheiro característico da nicotina. Com o tempo, quem os adeptos do vício têm dificuldade de caminhar, nadar ou dar uma corrida no parque. Falta fôlego.
Uma criança de 8 ou 9 anos fumando, onde estão os pais? Na realidade, o especialista identificou que o mau hábito começa tão cedo devido a influência de familiares, irmãos mais velhos, os próprios pais e demais parentes ao pedirem para a criança comprar e até acender o cigarro, vendido em padarias, conveniências de postos de gasolinas, lanchonetes e supermercados. Ele explica que legislação que proíbe a venda de cigarros para crianças e adolescente não é cumprida. “A família precisa redefinir seu papel para pelo menos proteger as futuras gerações”.