O trabalho contínuo e sistêmico dos agentes de saúde ambiental da prefeitura de Várzea Grande tem garantido a redução dos níveis de infestação da dengue no município. Levantamento realizado neste primeiro bimestre do ano em todos os bairros da cidade indica que o Índice de Infestação é menor em relação aos contabilizados no mesmo período de 2007 e 2006. O levantamento é realizado a cada dois meses e dividido em seis ciclos. A administração avalia os resultados como altamente positivos, uma vez que a topografia do município é formada por uma grande várzea e nos períodos de chuva os riscos de incidência da doença são maiores.
Como explica a diretora de Vigilância Ambiental do CCZ/VG, Vilma Juscineide de Souza, o Índice de Infestação Predial (IIP) que era 3,21% em 2006 para 94,64 mil imóveis, caiu para 2,17% neste primeiro ciclo de 2008, quando foram visitados 115, 9 mil imóveis. O número de imóveis aumentou, porém a infestação do Aedes aegypti ficou menor.
Em 2007, os mesmos 115,9 mil imóveis contabilizados apresentaram índice de infestação em 2,97%. “Os índices de infestação ainda estão longe do ideal, mas revelavam que nosso trabalho feito de porta em porta, seja vistoriando quintais ou levando informações à população, surte efeito, mas a guerra contra o Aedes aegypti depende muito do empenho da população” – observa o prefeito Murilo Domingos.
E o levantamento realizado nos primeiro ciclos de 2006, 2007 e 2008, revela o peso da participação da população. “Além de verificar a existência dos focos nos imóveis, nossos agentes ambientais mensuram a quantidade de focos e isso é mostrado no Índice Bretau (IB), que está sempre, muito acima do IIP”, alerta Vilma.
Em 2006 o IIP apresentou no primeiro ciclo infestação em 3,21% dos 94,64 mil imóveis mensurados. Já a quantidade de depósitos nos imóveis – IB – foi de 3,53% dos mesmos 94,64 mil imóveis visitados. “Ou seja, um imóvel apresenta mais de um criadouro”. Em 2007 o IIP para os 115,9 mil imóveis visitados foi 2,97% e o IB 3,25%. Em 2008, o IIP do primeiro ciclo foi de 2,17% para os mesmos 115,9 mil imóveis visitados e de 2,29% para o IB. “Os índices atuais são menores em comparação ao mesmo período dos anos anteriores, mas o Índice Breteau preocupa e depende exclusivamente da mudança de comportamento da população. A informação existe. A eliminação dos focos do Aedes tem de ser uma lição diária e não apenas durante o período chuvoso”, alerta.
Observa o secretário de Saúde, Reinaldo Della Pasqua que existem os depósitos/criadouros do mosquito removíveis e os não removíveis. Cascas de ovos, entulhos, tampas de garrafas, garrafas com a boca pra cima, pneus e lixo, são criadouros perfeito para o mosquito, que se adapta muito bem ao clima brasileiro, quente e úmido,”mas, são depósitos em potencial, que com boa vontade, vamos eliminando dos nossos quintais”. Já caixas d´água, piscinas, tambores e tonéis, não são removíveis, são de uso diário das famílias, “e necessitam apenas de tampa e no caso das piscinas, tratamento. São atitudes simples que fazem a diferença contra a dengue”. Ele aponta ainda que o uso do fumacê é uma demonstração de falência no combate ao mosquito. Contudo indica que o seu uso pode ocorrer nos focos endêmicos, como busca ativa para eliminação.