O Instituto Pedro Arthur lançará no próximo mês, a campanha ‘Brasil Sem Meningite’, que defenderá a inclusão da vacina contra dois tipos da doença no calendário nacional de vacinas.
As vacinas contra a meningite meningocócica C e a pneumocócica não estão disponíveis no sistema público de saúde. Considerada de alto risco de contágio, principalmente em ambientes fechados, a meningite meningocócica C pode ser transmitida por meio de gotículas de saliva. A meningite pneumocócica manifesta-se em pessoas com baixa imunidade.
Em entrevista hoje, ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia, o responsável pela campanha, Rodrigo Diniz, informou que todas as pessoas têm a bactéria da meningite alojada na parte respiratória do corpo. Ele defendeu que a população deve ser informada sobre o risco de contrair as duas variedades da meningite.
Atualmente, segundo Rodrigo, o calendário de vacinação só inclui um tipo de vacina contra a meningite. A vacina contra a meningite meningocócica C e pneumocócica estão disponíveis apenas em hospitais particulares, com custo altíssimo para adquiri-las.
“Os custos são altos, as pessoas não são bem informadas. Uma criança a partir do segundo mês de vida precisa ser vacinada com quatro doses de cada uma delas, quatro doses da meningocócica e quatro doses da pneumocócica”, afirmou Diniz.
Segundo o Instituto Pedro Arthur, de cada 100 pessoas contaminadas pelos tipos mais graves de meningite apenas uma sobrevive sem seqüelas. No Brasil, ressalta Diniz, a doença mata dez pessoas por dia.
As seqüelas da meningite podem ser severas e vão desde dificuldades no aprendizado até a paralisia cerebral.