Pesquisa do Centro de Informações Socioeconômicas da Unemat, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas, apontou que aproximadamente 84% de 100 empresários sinopenses entrevistados acreditam que o programa do governo federal, Crédito do Trabalhador, vai ampliar o endividamento da população, enquanto 13% acredita que não e 3% não responderam ou não souberam responder.
O levantamento ainda mostrou que 39% acreditam que terá impacto negativo, 27% positivo, 20% nem positivo, nem negativo, 10% não conseguiram avaliar e 4% não soube responder ou não responderam.
O programa, lançado em março deste ano, permite que trabalhadores com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, além de trabalhadores celetistas contratados por microempresários individuais (MEIs), contratem empréstimos consignados com desconto em folha. Segundo o ministério do Trabalho, no primeiro mês do programa, foram emprestados R$ 8 bilhões e feitos mais de 1,47 milhão de contratos. O valor médio dos empréstimos foi de R$ 5,5 mil.
“O programa teve uma boa aderência, as pessoas querem acessar mais opções de crédito tanto para consumo, quanto para quitar outras dívidas. Um ponto de alerta é que isso pode levar a um maior comprometimento do salário e vai aumentar o endividamento dos trabalhadores”, avaliou, ao Só Notícias, o economista e coordenador do CISE, Feliciano Azuaga.
Na pesquisa sobre o mesmo tema, com 200 consumidores de Sinop, 45% afirmaram que conhecem o programa, 49% que não e 6% não souberam responder ou não responderam. Além disso, 59% não pretendem aderir ao programa, 10% pretendem e 31% não responderam ou não souberam responder.
Em relação ao impacto para a economia, 44% dos consumidores acreditam que será positivo, 26% negativo, 26% nem negativo, nem positivo e 4% não souberam responder ou não responderam.
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