Sobe para oito o número de mortes confirmadas por febre amarela, de acordo com boletim divulgado hoje, pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. A oitava morte ocorreu em 4 de janeiro e foi informada pela Secretaria de Saúde de Goiás.
No total, das 33 notificações de suspeita de febre amarela silvestre, encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde, 12 foram confirmadas, 14 foram descartadas e sete permanecem em observação.
O número de casos registrados até o momento é maior do que o de anos anteriores, o que gerou grande corrida aos postos de saúde para tomar a vacina. Só no Distrito Federal foram vacinadas mais de 1,1 milhão de pessoas.
Na última semana, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que não há risco de epidemia de febre amarela urbana.
Temporão lembrou que a vacina contra febre amarela, fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é 100% eficiente, e deve ser tomada com antecedência mínima de dez dias por todos aqueles que vão visitar áreas rurais, próximas a regiões de mata, e que não foram vacinados de 1999 para cá.
Balanço da Secretaria de Vigilância em Saúde mostra que, nos últimos sete anos, foram distribuídas 177 milhões de doses da vacina contra febre amarela aos estados. Somente este ano, já foram distribuídas 7 milhões de doses.
O boletim do Ministério da Saúde adverte para que as pessoas vacinadas de 1999 para cá não repitam a dose, porque a revacinação pode provocar efeitos adversos, como febre alta, vômito, enrijecimento muscular, alergia e problemas neurológicos. Até o momento, as secretarias estaduais de saúde já notificaram 31 casos de efeitos colaterais, dois dos quais em estado grave.