Os próximos 15 dias serão de atenção redobrada para os agentes de saúde que trabalham no Departamento de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o gerente Valério Gobatto, essa época é muito crítica e delicada, devido o período chuvoso na região Norte do Estado. Agregado a esse fator, ainda há o grande número de pessoas que estão voltando das férias de outras regiões do país.
“É um período de férias onde muitos familiares viajam, recebem familiares em suas casas, ou ainda, os filhos que estudam fora. Isso pode propiciar a proliferação da dengue”, explica Gobatto, referindo-se à importância do combate à dengue em todos os Estados brasileiros, pois o mosquito faz o papel de agente condutor transmitindo automaticamente o vírus, acelerando o processo da doença, e proliferando de forma mais rápida o contágio das pessoas.
O mosquito (Aedes Aegypti), além de ser o responsável pela transmissão da dengue, também faz o papel de condutor da febre amarela. Uma vez que, se picar uma pessoa contaminada, terá a capacidade de armazenar o vírus e transmitir a febre amarela a uma terceira pessoa. Seria um processo muito semelhante ao de transmissão da dengue.
Não só por ser um fio condutor de dois tipos de vírus tão nocivos à saúde humana, mas também pela capacidade do óvulo desse mosquito possuir a continência de ficar até 500 dias à espera de um ambiente propício (água parada) para eclodir é que baseiam-se as preocupações do gerente de endemias e de toda a equipe da Secretaria de Saúde.
Outro ponto negativo que o gerente faz questão de frisar e enfatizar, pois pode contribuir para o aumento do número de casos de dengue, é o alto índice de residências fechadas que se estabelece durante o período festivo (Natal e Ano Novo) e a primeira quinzena de janeiro. “Isso tudo também é devido ao número de famílias que viajam nessa época”, justifica.