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CPI afirma que 15 morreram a espera de exames em Cuiabá

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Quinze pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) morreram na fila de espera para exame de cateterismo este ano. O número e os nomes foram divulgados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a situação da saúde no Estado. Conforme os dados, todas as vítimas são do interior e vieram para Capital porque é o único lugar que oferece o atendimento. Ao todo, são cerca de 4 mil pessoas a espera de cirurgias em diversas especialidades.

O presidente da CPI, Sérgio Ricardo, fala que as pessoas foram vítimas da falta de cotas para o exame, que é de alta complexidade. Um dos motivos do atraso é a falta de equipes credenciadas e também de profissionais capacitados para o trabalho.

Os únicos hospitais credenciados a realizar procedimentos cardíacos são o Hospital Geral Universitário (HGU) e a Amecor. O parlamentar diz que existem outras pessoas que estão em situação de saúde delicada e podem morrer por falta de atendimento. Ele denuncia que há um conflito entre a Central de Regulação do Estado e a Central de Regulação de Cuiabá que deveria encaminhar os casos de exames e cirurgias de alta complexidade.

Ontem, os membros da CPI fizeram uma reunião com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso, José Ricardo de Mello. Ele diz que os casos de doenças cardíacas e de oncologia cresceram muito em Mato Grosso e o sistema de saúde não se preparou para atender. "O que vem ocorrendo é uma avalanche de decisões judiciais, cerca de 25 a 30 por dia".

Mello esclarece que os hospitais filantrópicos, como a Santa Casa de Misericórdia e o HGU, estão com sérios problemas financeiros por falta de pagamento dos serviços prestados ao SUS.

Na próxima semana, a CPI vai convocar os secretários de Saúde do Estado e de Cuiabá para discutir a falta de entendimento entre as centrais de regulação.

Outro lado – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, por meio da assessoria de imprensa, que o problema dos atendimentos é a falta de profissionais. Como os demais municípios não têm nem equipe e nem estrutura, os pacientes acabam sobrecarregando o atendimento na Capital.

A equipe credenciada faz entre 38 e 40 cirurgias por mês, mas não é suficiente para atender a demanda.

 

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