Uma passeata de mobilização contra a dengue foi realizada no centro da cidade para chamar a atenção da população, principalmente os empresários e funcionários de empresas e aderirem a mobilização visando reduzir a infestação do mosquito transmissor da doença. O secretário Paulo Sérgio Lopes de Souza e sua equipe estão mobilizados em várias frentes, com ações de conscientização, controle, monitoramente e atendimento aos pacientes que apresentam os sintomas da dengue.
O coordenador da Vigilância em Saúde de Mato Grosso, Oberdan Lira, está no município, com seis técnicos, capacitando os agentes de saúde ambiental e auxiliando a secretaria nas medidas de controle da doença. Ele destacou que a secretaria, por mais que faça, não vai conseguir resolver o problema da dengue, que assola não somente Colíder, mas todo o Estado neste ano.
Segundo ele, a situação em alguns bairros de Colíder é de uma epidemia de dengue como nunca foi registrado antes na história do município e a situação não será resolvida de uma hora para outra. “A população deve se preparar porque a situação é preocupante e o número de casos tende a aumentar”, afirmou. Pode surgir, segundo ele, a dengue tipo 2, um sorotipo que não costuma circular no Estado. É o mesmo que causou a epidemia da doença no Rio de Janeiro em 2008. "Ele costuma ser mais grave porque uma grande parte da população, especialmente as crianças e adolescentes, não tem memória imunológica contra ele", diz.
Segundo o coordenador, ao ver um mosquito na residência, o morador tem que se conscientizar que ele não veio da rua nem dos terrenos vizinhos, ele está dentro da residência e tem algum foco ali. “Pode ter o criadouro em lugares onde menos se imagina, como por exemplo o garrafão do bebedouro, é um local propício. Assim como as calhas das residências”.
Em Colíder, segundo ele, existe alguns pontos estratégicos que acumulam o lixo que serve de criadouro. “Estamos encontrando em supermercados, comércios, borracharias, que são locais que precisam ser trabalhados constantemente tanto pelos proprietários quanto pelo pessoal da notificação. A Secretaria de Saúde vai começar uma notificação maior desses locais”, esclareceu. Para quem já apresentou os sintomas, o coordenador alerta que é importante evitar a automedicação. “É preciso buscar uma unidade de saúde. A dengue que vai surgindo no Estado não é mais a dengue clássica é a tipo dois, com sintomas diferenciados, ou seja, é um tipo grave da doença, com sintomas diferenciados. Pode começar a apresentar, após a febre e os primeiros sintomas ela pode começar a apresentar as manifestações hemorrágicas”.
Segundo ele, principalmente as crianças devem ser monitoradas em uma unidade de saúde. “Todos vão ser atendidos e receberão um cartão do paciente com dengue, onde elas mesmas vão anotando os sintomas que surgem e ao menor sinal de alerta de manifestação hemorrágica ela deve retornar à unidade de saúde para que seja monitorada e que o tratamento seja bem realizado”, explicou.
O coordenador informou que o fumacê não será aplicado em Colíder porque o Governo do Estado não autorizou. Segundo ele, a aplicação do fumacê em outros municípios como Sinop, Sorriso e Cáceres, só agravou a situação. “Com a pressão ambiental que o BV causa no aedes aegypt, isso está fazendo com que o mosquito se domicilie mais, entre mais na residência ao invés de sair. A principal atividade que o Estado está fazendo agora é a readequação dos serviços de limpeza tanto urbana quanto na residência de cada um” explicou.
Alguns bairros onde o índice é maior, vão receber um tratamento diferente, pois alguns deles ainda não apresentaram casos de dengue. O centro vai ter um trabalho intensificado segundo ele