Professores, alunos e amigos do professor Claudemir Bergamo (Tito) 8ª vítima fatal da dengue em Sinop, protestaram, ontem à noite, na sessão da câmara municipal, contra o crescente número de mortes e cobraram dos vereadores que pressionem a prefeitura para medidas mais duras sejam tomadas visando conter a infestação do mosquito transmissor da doença. A professora Eulene Rosa dos Santos mostrou um cartaz com a frase: “dengue: é preciso alguém da sua família morrer, para que você tome alguma providência?”. Em entrevista ao Só Noticias, ela disse que só a mobilização não vai minimizar o sério problema na cidade. “É nossa obrigação cobrar, exigir das pessoas que têm condições de mudar, que melhore esse cenário. Acredito que estamos fazendo a primeira parte que é exigir providências e, ao mesmo tempo, temos que agir e cuidar da nossa casa, orientar nosso vizinho, é papel nosso também. Mas são as autoridades que tem o poder na mão. Acredito que viemos no local correto que é na câmara dos vereadores pedir para que mude essa situação calamitosa”, cobrou.
A limpeza de terrenos e quintais é fundamental para a eliminação do mosquito, mas não é a única medida que deve ser tomada, diz Eulene. “Os vereadores estão o tempo inteiro falando em se limpar quintal, limpar calhas, enquanto a dengue não é só isso. A doença também envolve o Pronto Atendimento, precisamos saber o que o PA está oferecendo, como está lidando com a situação, acredito que falar de dengue é muito mais do que falar de limpeza de quintal”, cobrou. Após as cobranças, alguns vereadores foram até a tribuna e fizeram discursos cobrando mais providências.
Os maiores focos da doença estão na área central. Sábado e domingo, o comitê de combate a dengue está realizando um “pente fino”para eliminar focos. Quinta-feira, às 16h, está marcada audiência para novas medidas serem tomadas. Conforme a última atualização divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, Sinop apresenta, de janeiro até agora, 2.491 casos de dengue clássica, 22 de dengue com complicação, 17 de dengue hemorrágica, duas de síndrome de choque e seis mortes confirmadas, sendo 4 por febre hemorrágica e 2 com a síndrome do choque e duas em investigação. Das 3.708 notificações, 1.037 foram descartadas.
O professor Tito, conforme Só Notícias já informou, faleceu no domingo à noite, de dengue hemorrágica. Ele tinha 40 anos e residia no centro da cidade.
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