Três homens foram condenados pela Justiça por triplo homicídio ocorrido no bairro Nova Esperança, em Cuiabá, no ano de 2019. As penas somadas chegam a quase 160 anos de prisão. Segundo investigação da Polícia Civil, à época, foi cogitado que a chacina teria como motivação a disputa territorial entre facções criminosas rivais. No entanto, as diligências conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa apurou que as vítimas trabalhavam como vendedores ambulantes (mascates) e estavam na cidade há apenas uma semana, quando foram mortas em uma casa.
Conforme a investigação, os três homens foram confundidas como integrantes de uma organização rival. Dias antes do crime, foram levados pelo grupo criminoso até uma casa, interrogados em uma espécie de “tribunal”, além de terem seus aparelhos celulares vistoriados.
No decorrer da apuração, quatro investigados pelo triplo homicídio foram presos na capital e encaminhados à unidade prisional do Capão Grande, em Várzea Grande. Outros quatro investigados tiveram os mandados cumpridos na Penitenciária Central do Estado, onde já estavam presos desde o início de novembro de 2020, após ação deflagrada pela DHPP para prender os envolvidos em outro homicídio, no bairro Jardim Industriário, também em Cuiabá. Segundo a polícia, “esse crime foi fundamental para reunir indícios de ter ocorrido a mando de uma facção criminosa com atuação na região, então suspeita da morte dos trabalhadores”.
A partir dos elementos desse caso, foram apurados indícios que ligaram a atuação do grupo criminoso com as mortes dos jovens vendedores de tapetes, tendo como principal conexão o confronto balístico da arma utilizada em ambos os crimes e que contribuiu sobremaneira na condenação do trio.
Os três cumprirão a pena em regime inicialmente fechado pelo triplo homicídio, informa a assessoria da Polícia Civil.
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