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CRM confirma situação caótica no Pronto Atendimento de Sinop

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O delegado adjunto do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Sinop, Roni Leonardo Teixeira, informou, nesta manhã, que os atendimentos no Pronto Atendimento não serão suspensos após um grupo de 14 médicos -a maioria que atende na unidade- ter encaminhado manifesto ao Ministério Público apontando que pessoas estão morrendo semanalmente por falta de suporte básico no atendimento. “Não há nenhuma possibilidade de greve. O atendimento de emergência vai continuar da mesma forma. Não pode parar porque isso é ilegal”, explicou o delegado, em entrevista coletiva.

O CRM reconheceu a necessidade de serem realizadas melhorias estruturais na unidade. “Queremos uma otimização do PA. Muitas pessoas falaram que abrindo o hospital vai resolver o problema. Na verdade, temos que otimizar o Pronto Atendimento, melhorar isso aqui para depois abrir o hospital porque é difícil de coordenar o Pronto Atendimento, então você imagina só uma estrutura maior”, destacou. Atualmente, o PA, conforme Só Notícias informou, está sem diretor administrativo e diretor clínico.

Até o momento, não houve um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde sobre o manifesto dos profissionais que trabalham nos setores de emergência e urgência. No entanto, o delegado destaca que as conversações com a prefeitura têm ocorrido há algum tempo. “Em julho tivemos uma reunião com o prefeito e ele deixou bem claro as suas intenções mas infelizmente ainda não tivemos nenhum retorno esperado”, disse.

Para Roni, fatores como atendimentos de pessoas de municípios vizinhos como também vindas do Sul do Pará, e até mesmo da greve ocasionada em Cuiabá até pouco tempo, além de falta de médicos influenciaram nos atendimentos no PA. “O atendimento básico a nível de postos de saúde também tem que melhorar”, expressa o médico apontando ainda a necessidade de se estabelecer parcerias para que as outras cidades da região também aprimorem seus serviços, desafogando o Pronto Atendimento. 

Atualmente, o PA tem entre 22 a 25 médicos, de várias especialidades, trabalhando. O manifesto apontando a “situação caótica” da unidade conforme Só Notícias informou, em primeira mão, aponta que os profissionais estão indignados.
“Por mais que nos esforcemos para reverter estes problemas, pacientes morrem semanalmente por falta de suporte básico de atendimento. Há falta de equipamentos e medicações básicas para o atendimento inicial no setor de emergência, além da sobrecarga de leitos com a instalação de macas indiscriminadamente pelos corredores do serviço. Tais problemas fazem com que o atendimento fique comprometido. Há uma sobrecarga de atendimento realizada pelos profissionais (aproximadamente 500 pacientes/dia), culminando numa superlotação de pacientes, de sexos diferentes e das mais variadas patologias, que se entremeiam em quartos e corredores do Pronto Atendimento, permanecendo “internados”, por tempo indeterminado, num serviço que, teoricamente, seria apenas de emergência, se caracterizando em um verdadeiro descaso com saúde do sinopense, que paga seus impostos e tem o direito de um atendimento, no mínimo, digno”.

(Atualizada às 12:44h) 
 
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