Os médicos da rede municipal decidiram, hoje, encerrar a greve que durou cerca de 50 dias após fechar acordo com a prefeitura para o piso de R$ 1,6 mil para os médicos em início de carreira e com o compromisso de chegar a R$ 3 mil até 2014. O aumento gira em torno de 80%. Também foi definido aumento salarial de 8% a cada três anos de trabalho. Para os contratados em 2010, o piso ficou em R$ 1 mil e também será reajustado anualmente, chegando a R$ 2 mil em 2014, com gratificação para o nível inicial de R$ 1 mil para concursados e R$ 2.050,00 para os contratados.
Em relação à insalubridade, o acordo estabeleceu que o pagamento dos valores em atraso será feito em 14 parcelas mensais a partir de janeiro de 2010. Também foi fixado o pagamento de insalubridade no índice de 40% a partir de novembro de 2009 até a implantação do novo PCCV. Em relação aos cortes salariais aos que aderiram à greve, o pagamento será feito em cinco dias úteis e deverá corresponder ao valor integral de todos os salários e prêmios suspensos ou retidos, inclusive dos demissionários do Pronto Socorro e outras unidades que formularem pedido de reconsideração protocolizado quanto à exoneração. Por parte da Prefeitura, houve a garantia de que não haverá retaliação ou perseguição aos médicos que participaram do movimento.
Outro ponto importante foi a formação de um grupo de trabalho para a elaboração do PCCV (plano de cargos e carreiras) composto por cinco representantes da prefeitura e cinco do Sindimed. Essa equipe terá prazo de cinco úteis, a contar da próxima terça-feira (17), prorrogáveis por mais cinco dias úteis, para a conclusão do trabalho e envio imediato, pelo chefe do executivo, à Câmara Municipal com mensagem de regime de urgência. O presidente da Câmara, vereador Deucimar Aparecido da Silva, presente à audiência de hoje, se responsabilizou em colocar o projeto para votação no dia seguinte ao recebimento.
A prefeitura também se comprometeu a melhorar as condições de trabalho no Pronto Socorro Municipal. Na terça-feira, os médicos devem voltar ao trabalho. Para segunda, o sindicato fará assembleia onde apresentará o acordo homologado hoje perante o Tribunal de Justiça. Esta foi uma das exigências da categoria. Os médicos queriam a saída do secretário Luiz Soares, mas o prefeito descartou qualquer mudança no comando da pasta.
(Atualizada às 17:50h)