A prefeitura deflagrará uma série de ações conjuntas com o Ministério Público Estadual (MPE) e o Legislativo para ampliar o poder dos agentes de saúde ambiental, que ainda enfrentam resistências por parte de alguns moradores que impedem a fiscalização em seus imóveis com objetivo de combater a dengue. Nos próximos dias o prefeito encaminhará à câmara projeto de lei instituindo multa para os imóveis onde os agentes forem impedidos de agir. Uma campanha publicitária também será elaborada com apoio do Ministério Público, bem como material informativo para ser distribuído à população para informar como combater o mosquito e sobre a nova legislação para combater a dengue
O prefeito Júlio César Ladeia reuniu-se com o promotor Antônio Moreira da Silva e o presidente da Câmara, José Pereira Filho para tratar do assunto. “Nós queremos a contribuição do Ministério Público e dos vereadores porque a cada dia que passa a dengue nos preocupa mais. Hoje nós temos mais agentes trabalhando do que tínhamos há dois anos, porém, o número de casos confirmados é muito maior. Nós ainda estamos esbarrando justamente na ignorância de alguns que não permitem que os agentes entrem em suas casas para salvar suas próprias vidas”, lamentou Ladeia.
Outra situação é a dificuldade para se localizar os proprietários de imóveis não habitados. Este ano mais de 1.475 casos de dengue foram confirmados. Há 3 mortes confirmadas desde janeiro. “Nos casos em que moradores não quiserem colaborar com o trabalho dos agentes, o Ministério Público irá atuar, inclusive de forma repressiva”, afirmou o promotor Antônio Moreira. De acordo com ele, as pessoas que não colaborarem, poderão responder à ação civil pública e processo criminal por contribuírem para a epidemia de dengue. A prefeitura informou que todos os casos em que houver resistência de moradores em relação a atuação dos agentes, o MP será informado via ofício.