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SUS tem estrutura precária no Estado para atender no período de seca, diz promotor

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Os meses de agosto e setembro são os mais críticos para a saúde da população mato-grossense. O clima seco torna-se um agente para as queimadas, que causam grandes prejuízos ao meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores. Problemas respiratórios, intoxicação ou até mesmo morte por asfixia são os efeitos negativos à saúde causados pela atmosfera poluída. O mal atinge principalmente, crianças e idosos, que são mais suscetíveis às doenças.

Para discutir essas questões e avaliar o Programa de Combate às Queimadas que está sendo implementado em Cuiabá, o Ministério Público Estadual (MPE), por meio das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente Natural e de Defesa da Cidadania, irão promover uma audiência pública na próxima semana (15). A data da audiência coincidirá com o início do período proibitivo de queimadas. “Além de crime ambiental, as queimadas provocam graves prejuízos à saúde da população. Os moradores devem redobrar os cuidados quando realizarem a limpeza de seus quintais para evitar a incidência de focos, já que também serão vítimas da fumaça”, ressalta o promotor de Justiça, Alexandre Guedes.

Os incêndios liberam centenas de gases tóxicos na atmosfera. Entre eles, está o monóxido de carbono, um dos mais nocivos à saúde humana e à camada de ozônio. Com os incêndios, aumentam os casos de conjuntivite, problemas cardíacos, infecções no sistema respiratório, asma e bronquite. O câncer e os problemas neurológicos também tendem-se a agravar. “A estrutura do SUS – Sistema Único de Saúde já é considerada precária. Com o período de estiagem, os postos de saúde e as policlínicas ficam lotadas, prejudicando ainda mais o atendimento”, destaca o promotor.

A audiência ocorrerá às 14h, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, no Centro Político Administrativo (CPA). Foram convidados representantes de órgãos públicos e entidades estaduais para participar da discussão. A audiência será conduzida pela promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini de Souza, e pelo promotor de Justiça Alexandre Guedes.

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