A conscientização da população sobre a hanseníase e as formas de prevenção serão feitos até o final do mês em Sorriso. A iniciativa integra a campanha de combate, lançada sábado. Nas segundas, terças e sextas-feiras, haverá panfletagem, das 7h às 8h, no semáforo de um banco. Folders serão entregues.
Nas quartas e quintas, a panfletagem acontece no semáforo da Tancredo Neves, próximo a prefeitura. Além disso, de segunda a sexta, equipes dos Postos de Saúde da Família farão palestras e atenderão as pessoas que tenham dúvidas. O médico Bernardo Scarsinski explica que manchas na pele esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor, ou ao tato, caroços e inchaços no corpo, engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, dores e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos, braços, mãos e pés, ou olhos irritados indicam sintomas da doença.
Mato Grosso é o Estado que mais tem registros de casos no país. A hanseníase, anteriormente conhecida como lepra, era uma doença muito estigmatizada. “Até a metade do século passado, não havia controle e não haviam medicamentos. Os hansenianos eram confinados. Hoje, não há mais razão para isolamento do doente. Quando se inicia o tratamento, imediatamente os bacilos são neutralizados, bloqueando a contaminação”, explica Bernardo. O diagnóstico da hanseníase pode ser feito nos PSF’s.
Os remédios para o tratamento são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para a mulher grávida o tratamento pode ser feito no segundo estágio da gravidez. É importante o auto-exame e, caso note algum sintoma, procure a unidade de saúde mais próxima.