A Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso alerta a população para o uso indiscriminado de colírios sem prescrição de oftalmologista, neste tempo de baixa umidade relativa do ar. A prática pode trazer consequencias sérias para a visão, inclusive cegueira. Qualquer medicamento deve ser prescrito por um especialista, mesmo o lubrificante ocular.
Os olhos, assim como a pele, são órgãos que ficam expostos e também sofrem com as mudanças climáticas. Por isso, os cuidados precisam ser intensificados. O calor e o tempo seco podem provocar sensações desconfortáveis como vermelhidão, irritação e a impressão de que os olhos estão com areia. Estes incômodos são típicos do chamado "olho seco". A falta de lubrificação pode, inclusive, facilitar o surgimento de infecções, como a conjuntivite, que é muito comum nesta época do ano.
O uso de lubrificantes oculares é muito comum, mas o alerta é para o fato de que usar qualquer tipo de colírio sem orientação médica é um risco para a saúde ocular, ainda que seja um medicamento simples. Os lubrificantes não representam riscos, mas devem ser prescritos por um oftalmologista. A mesma regra vale para outros colírios utilizados para o tratamento de patologias oculares como a conjuntivite viral e bacteriana.
Colírios com antibióticos, se forem utilizados de forma crônica e irregular, podem provocar mutações de bactérias que vão se tornar resistentes ao medicamento. Mesmo aqueles colírios para deixar os olhos branquinhos podem ter efeito colateral e provocar alterações na pressão arterial.
Os cremes e pomadas para os olhos também devem ser indicados pelo oftalmologista. Diversas doenças oculares podem ter os mesmos sintomas: coceira, vermelhidão e baixa visão. Sendo assim, apenas o diagnóstico preciso pode indicar o tratamento correto.
Se utilizados sem a devida prescrição do especialista, colírios, lubrificantes cremes e pomadas oftalmológicas, além de não resolver o problema, podem causar outros, até mesmo fora da região dos olhos, como taquicardia, asma e depressão.