A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) notificou hoje a prefeitura para deixar de enterrar, no lixão municipal, os resíduos hospitalares, de clínicas e farmácias. A decisão foi tomada após denúncia, feita também em Só Notícias, que o lixo hospitalar estava sendo jogado em valas, ficando alguns dias a céu aberto, tendo destinação incorreta ao ser enterrado. A secretaria mandou isolar a área onde foram destinados os resíduos, nos últimos meses.
A prefeitura decidiu que, nos próximos 20 dias, a coleta de material cirúrgico, agulhas, seringas, remédios, frascos e demais resíduos vai ser feita por uma empresa particular. “Será enviado a Sinop um contêiner para armazenar o lixo, neste período. Paralelamente, as secretarias de Saúde e Meio Ambiente se reunirão com empresários do setor para encontrar uma saída e ser dada destinação adequada”, explicou, ao Só Notícias, o assessor de imprensa, Fernando Silva.
Ele antecipou que o secretário de Meio Ambiente, Rogério Rodrigues, se reunirá com donos de hospitais, clínicas e farmácias para tratar da coleta e propor que seja feita por uma empresa especializada, que presta o mesmo serviço em Colíder (160 km de Sinop) e incinera o lixo hospitalar. “Será proposto para os empresários do setor que façam a coleta de forma associativa e que contratem empresa especializada na coleta e destinação final. Não é obrigação da prefeitura está atitivade”, disse o assessor. A data da reunião ainda será marcada. Não foi confirmado o valor cobrado pela empresa.
A preocupação de moradores com o lixo hospitalar sendo aterrado, no lixão, é a possível contaminação do lençol freático e nascentes. O depósito do lixo doméstico fica a cerca de 3 km de um rio e a cerca de 4 km do aeroporto municipal.
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