Comitê em Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso apresentou, esta tarde, posicionamento contrário à implantação de gestão por Organizações Sociais de Saúde (OSSs) no Estado, no auditório do Sindicato dos Médicos (Sindimed), em Cuiabá. O comitê é composto por mais de 20 entidades que são contrárias a estadualização da saúde.
Segundo o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Robinson Cireia, a saúde é um direito da população e o Estado têm a obrigação de administrar os hospitais e postos nos bairros. "Se nos postos dos bairros não há atendimento adequado, as pessoas procuram o Pronto-Socorro, porque é o único lugar que oferece atendimento de urgência". O diretor acrescenta que o Estado e os municípios devem investir nas policlínicas.
De acordo com Cireia, o modelo de gestão das OSSs é 3 vezes mais caro, do que o Sistema Único de Saúde (SUS), além de atender os pacientes que tenham doenças menos graves. O número de atendimentos nas OSSs, segundo Cireia, também é bem menor. O diretor aponta ainda que com a medida, não há contratações pelo Estado, pois os concursos públicos serão extintos para a área.