A Justiça mandou soltar dois turistas e um guia que foram detidos em flagrante por invadirem a Gruta da Lagoa Azul, localizada em Nobres (350 quilômetros de Sinop). O incidente ocorreu no sábado (1), quando sete indivíduos foram levados à delegacia. Desses, quatro foram ouvidos e liberados no mesmo dia, enquanto os outros três permaneceram detidos.
A área da gruta está interditada desde 2002 devido à degradação ambiental. O guia e dois turistas foram mantidos sob custódia por serem reincidentes, mas foram soltos após audiência de custódia. Eles serão processados por causar danos à unidade de conservação e áreas de proteção ambiental.
Na decisão, o juiz Raul Lara Leite destacou que a prisão preventiva é uma medida excepcional, aplicável apenas quando há evidências concretas da autoria e materialidade do crime, e quando a liberdade do acusado pode comprometer a ordem pública, a investigação ou a aplicação da lei.
O grupo foi liberado sem pagamento de fiança, mas com a obrigação de comparecer a todos os atos processuais. Eles foram alertados de que, caso descumpram qualquer condição imposta, a prisão preventiva poderá ser decretada.
A ação que resultou nas prisões foi realizada em conjunto com a secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). A Polícia Militar ressaltou que a presença de visitantes na gruta causa danos diretos à unidade de conservação, ameaçando espécies de peixes em extinção e alterando a coloração natural das águas.
Dos sete indivíduos envolvidos, quatro foram levados ao local pelo guia, que teria cobrado R$ 200 por pessoa para realizar o passeio. Os outros dois turistas foram por conta própria.