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Sinop: funcionários abandonam obras da UPA e prefeitura notifica empresa

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O abandono de funcionários que trabalhavam na construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na avenida André Maggi, fez com que a prefeitura notificasse a empresa contratada, prevendo a aplicação de multa (valor não confirmado) caso o prazo, previsto para setembro, não seja cumprido. Ao Só Notícias, o secretário municipal de Saúde, Alberto Kinoshita, explicou que as obras ficaram sem funcionários por aproximadamente 20 dias.

Além da multa, entre as medidas legais que a prefeitura também pode adotar está até a rescisão contratual. No entanto, segundo o secretário, ainda é cedo para afirmar que esta medida será aplicada. Isto porque, dependerá do cenário em setembro. “Se chegar em um ponto inviável em que a construtura não consiga concluir a obra, além de receber multa, a prefeitura pode optar por rescindir o contrato e a empresa ficar impedida de participar de novas licitações”, explicou ao Só Notícias.

O período que a empresa fica impedida de participar das concorrências públicas é de até quatro anos. Kinoshita afirmou que, após a notificação, a empresa providenciou novos empregados e que as atividades de construção da unidade foram retomadas.

Reportagem veiculada pela TV Centro América apontou que apenas um funcionário manteve os trabalhos durante este período. O técnico em edificações da empresa, Giliard da Silva, explicou que a obra tinha 13 trabalhadores que acabaram deixando as atividades por não concordar com as questões financeiras. “A saída desses funcionários ocorreu porque não estavam de acordo com as condições financeiras da empresa que parou de pagar, em um certo momento, a quinzena, mas estava com o salário de todo mundo em dia, salário de ninguém atrasado”, disse. Ele afirmou ainda que os funcionários “faziam morosidade no serviço, não trabalhavam de acordo com o que a empresa queria, ficavam gerando hora, enrolando no serviço”, destacou.

Em contrapartida, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário (Siticon), Eder Pessine, destacou que foi registrada denúncia contra empresa em janeiro deste ano e, que até o momento, ela “não se manifestou para resolver os problemas”, que envolveriam contrato, ambiente de trabalho e questões salariais. “A empresa começou a atrasar o salário e depois retirou a quinzena que os trabalhadores tinham direito”, disse.

A unidade começou a ser construída no início do ano. Ela terá 1.586 metros quadrados de área construída e os investimentos somam pouco mais de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,5 milhão do governo federal e R$ 586,8 mil da prefeitura. Terá capacidade para atender entre 151 a 300 pacientes em 24 horas e será composta por, no mínimo, quatro médico (entre pediatras e clínicos gerais) por plantão.

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