Os profissionais da saúde reafirmaram que a partir da próxima quinta-feira (26) paralisam as atividades no serviço público de saúde da Capital. Além disso, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sipen/MT) confirma que acionou o Ministério Público Federal (MPF) para apurar se o repasse de verbas do Ministério da Saúde para os hospitais particulares estão parados na Secretaria Municipal de Saúde. Cerca de 5 instituições particulares de saúde que possuem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) não recebem transferência de recursos desde fevereiro.
De acordo com o presidente do Sipen, Dejamir Souza Soares, apesar do encontro com o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, na última segunda-feira (23), o indicativo de greve está confirmado caso o governador não inicie um processo de negociação com os profissionais.
O Sipen e o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) reivindicam o compromisso do governo estadual para a construção de um hospital regional com pelo menos 1 mil leitos em Cuiabá. O diretor do Sindimed, Celso Vargas, afirma que além dos leitos, faltam esclarecimentos de como será a fiscalização das Organizações Sociais de Saúde (OSS) que irão assumir a gestão de alguns hospitais do Estado. “Falaram que iriam montar uma comissão com representantes dos profissionais da saúde, do Ministério Público e até agora não se fez nada”.
A paralisação deverá retirar do serviço público de saúde aproximadamente 2 mil profissionais.
Denúncia
O Sipen registrou no Ministério Público Federal (MPF) o pedido de apuração de uma notícia-crime publicada no jornal A Gazeta. De acordo com a declaração do ex-secretário de saúde Luiz Soares na reportagem, os recursos do Ministério da Saúde destinados aos hospitais conveniados estariam em dia. Os hospitais do Câncer, Sotrauma, Santa Helena, Santa Casa, Bom Jesus e o da Polícia Militar estão sem receber pelos atendimentos prestados desde fevereiro.
Segundo o presidente do sindicato, Dejamir Souza Soares as instituições de saúde não prestam queixa por temerem a retaliação e corte dos recursos.