Um montante superior a R$ 16 milhões deve ser rateado entre os Estados brasileiros e o Distrito Federal para implementação das ações da Campanha Nacional do Sarampo e Rubéola. O valor, de acordo com o Ministério da Saúde, será alocado ao Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde (PVVPS) do Componente Vigilância e Promoção da Saúde no Bloco de Vigilância em Saúde. Quanto totalizados, os valores a serem alocados atingem a casa dos R$ 16.367.733,48.
Pela portaria de número 725, publicada na edição desta segunda-feira no Diário Oficial da União, Mato Grosso terá R$ 509,8 mil para financiar ações da campanha. O documento, assinado pelo ministro Alexandre Padrilha, esclarece ainda que "a definição dos recursos a serem alocados na Secretaria Estadual de Saúde e nos Municípios deverá ser pactuada na respectiva Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e informada ao Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde até 30 dias após a publicação da medida.
Em Estados como Maranhão, Pará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, o incentivo financeiro a ser destinado para a campanha contra as doenças ultrapassa a cifra de R$ 1 milhão. Na unidade federada paulista serão R$ 1,8 milhão, conforme a portaria do Ministério da Saúde.
Dentre os componentes do Centro-Oeste, Mato Grosso é o que deve receber mais recursos. Em Goiás o incentivo chega a R$ 508,2 mil, no Mato Grosso do Sul outros R$ 213,6 mil e no Distrito Federal pouco mais de R$ 130 mil.
De acordo com o Ministério da Saúde, o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.
Em Mato Grosso, por exemplo, entre os anos de 2000 e 2006 nenhum caso da doença foi registrado, conforme o Ministério da Saúde. Já em 1990, os números da saúde pública eram alarmantes: 776. Em 1991 os casos "explodiram" e subiram para 2.765.
Já a rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.
Em 2008, dezoito casos da doença foram confirmados em Mato Grosso, distribuídos entre as cidades de Acorizal (1), Campo Verde (1), Cuiabá (2), Lucas do Rio Verde (2), Sorriso (9), Várzea Grande (2) e Vera (1).