PUBLICIDADE

Médicos da baixada cuiabana aderem à greve; 900 profissionais parados

PUBLICIDADE

Os médicos da baixada cuiabana decidiram aderir, a partir da próxima segunda-feira (4), ao movimento grevista, em assembleia realizada ontem à noite. Agora, são cerca de 900 profissionais paralisados contra a proposta do governo do Estado de contratar Organizações Sociais para administrar as unidades de saúde em Mato Grosso. Além da paralisação, a categoria fez um longo balanço do movimento. Os médicos vão manter os atendimentos de urgência e emergência, mas os atendimentos de consultas e cirurgias já agendadas serão suspensas naquela localidade.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) informou que os profissionais agora querem uma reunião com o secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, para discutir uma proposta enviada por ele a categoria. Ainda não há data definida. De acordo com a assessoria, os médicos querem tirar explicações sobre esta proposta do governo, pois eles a consideraram “confusa”, principalmente no ponto em que se trata da contratação das Organizações Sociais, no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e regularização da função dos profissionais que atuam no Serviço Móvel de Urgência (SAMU), os quais exercem ilegalmente a função de socorrista. O contrato prevê apenas o exercício da função de médico regulador e, não de intervencionista como ocorre na prática.

Conforme Só Notícias já informou, os 500 médicos que atendem aos quatro hospitais regionais que estão em greve desde o dia 10 deste mês. Eles suspederam 70% para os serviços de menores complexidades como consultas e cirurgias simples, inclusive as já agendadas. Os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos na totalidade.

Em Sorriso e Colíder, 99 profissionais aderiram ao manifesto. Os dois hospitais atendem pacientes enviados por mais de 25 municípios, em sistema de consórcio (com prefeituras bancando parte das despesas). Em Sorriso, 85% dos atendimentos do hospital são de urgência e emergência, ou seja, os serviços que não estão paralisados por serem considerados essenciais. Já em Colíder, são realizados 80 atendimentos de emergência e urgência diariamente e entre 60 e 80 atendimentos ambulatoriais em média ao dia.

A categoria não aceita o modelo de gestão proposto, que segundo eles, geraria a privatização do setor. Pela proposta do atual secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. O secretário disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.

(Atualizada às 13h31)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE