A Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (ABCP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), prepara um manual com orientações para médicos e pacientes sobre a realização de cirurgias plásticas. O lançamento da obra deve ocorrer até setembro deste ano.
De acordo com o presidente da ABPC, Sebastião Guerra, o manual vai abordar temas como a presença de um anestesista durante o procedimento. Em cirurgias de pequeno porte, como a de correção de pálpebra, a presença do especialista não será obrigatória – desde que o paciente esteja saudável.
Já procedimentos de médio e grande porte, como uma cirurgia na mama, mesmo que seja necessária apenas anestesia local, terão a recomendação da presença do anestesista.
Outro aspecto a ser abordado pelo manual tratará da quantidade de gordura retirada em cirurgias plásticas como as lipoaspirações. Atualmente, o limite recomendado pelo CFM é de 5% do peso corporal. O valor está sendo revisto e, segundo Guerra, poderá sofrer alterações.
A realização de exames pré-operatórios também é uma das recomendações que devem aparecer no manual. O presidente da ABPC explicou que, no caso de realização de plástica abdominal, é preciso verificar, por exemplo, se a pessoa tem cálculo na vesícula, lesão uterina, tumor no útero ou cisto no ovário. "A avaliação clínica é sempre soberana. O médico tem que sentar, avaliar e fazer uma pesquisa naquela pessoa", disse.
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de cirurgiões plásticos em todo o mundo – perde apenas para os Estados Unidos. "Como estão sendo lançados, a cada dia, muitos cirurgiões plásticos jovens no mercado, o manual serve para resguardar a segurança do paciente", destacou Guerra.
Para ele, os profissionais brasileiros são bem informados. Depois de concluírem o curso de medicina, estudam mais cinco anos para obter a especialização em cirurgia plástica.
Os estudos para a confecção do manual estão sendo feitos desde fevereiro do ano passado. Todos os cirurgiões plásticos membros da ABPC deverão receber uma cópia do material.