Os médicos da rede estadual de Saúde iniciaram hoje a greve por tempo indeterminado. Eles protestam contra a proposição do secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, de mudar o modelo de gestão da área. com a transferência da administração dos hospitais de responsabilidade do Estado para as Organizações Sociais (OS). Esta é a primeira grande crise que o atual secretário enfrenta desde que assumiu a pasta, em janeiro.
A decisão atinge cerca de 500 profissionais em todo o Estado. Uma parte, que trabalha no Hospital Regional em Sorriso (que atende pacientes de 15 cidades em sistema de consórcio) também aderiu. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos na totalidade. Para os serviços de menores complexidades como consultas, por exemplo, 30% dos profissionais vão atender.
Entre ontem e hoje de manhã, foram realizadas assembleias com os profissionais dos hospitais regionais de Cáceres, Rondonópolis e Colíder. Foram repassados os informes do movimento grevista e a orientação sobre como funcionará o atendimento nestas localidades enquanto durar o protesto.
A categoria não aceita o modelo de gestão proposto, que segundo eles, geraria a privatização do setor. Pela proposta de Henry, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. O secretário disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.
(Atualizada às 09:31h)