O trabalho diário, realizado nos últimos anos em Nova Mutum, não tem sido suficiente para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Os mais de 200 criadouros encontrados pelos agentes ambientais, só no mês de janeiro, e a elevação do índice de infestação para 3,99% preocupam ainda mais as autoridades de saúde. Foram vistoriados 5.040 imóveis. “Mês passado foram registradas 15 notificações, sendo confirmados 3 casos da doença, atendimento a 2 pacientes de outros municípios, além de outras 10 que ainda aguardam confirmação”, observa a coordenadora de Vigilância Ambiental, Eliana Albano.
A alta incidência da doença no Brasil, com probabilidade surto em vários Estados – entre eles Mato Grosso – coloca em alerta as autoridades de saúde, fazendo com que o Ministério da Saúde, secretarias estaduais e secretarias municipais reforcem o pedido de consciência à sociedade em geral. “Grande parte das pessoas ainda não se conscientizou que precisa atuar junto com as autoridades de saúde no combate ao mosquito”, alerta a coordenadora de Vigilância Ambiental de Nova Mutum, Eliana Albano.
Além de recomendar os cuidados de sempre, que passam sempre pela necessidade de limpeza permanente de pátios e terrenos baldios, evitando deixar a céu aberto recipientes que acumulam água, o Ministério da Saúde também publicou uma nova portaria pela qual impõe mais severidade relativamente às notificações de casos suspeitos da doença. “Em Nova Mutum, percorremos todas as unidades de saúde, dando ciência aos profissionais da nova determinação”, diz a coordenadora.
A portaria concede prazo de 24 horas para que suspeitas de doenças como a dengue sejam informadas às secretarias municipais de saúde e à Secretaria de Estado de Saúde. “As autoridades de saúde dessas duas instâncias também têm a obrigação, conforme a portaria, de informar o Serviço de Vigilância Epidemiológica e ao Ministério da Saúde, imediatamente”, acrescenta Eliana Albano.