Representantes da rede credenciada de atendimento do MT Saúde ameaçam acionar o Estado na Justiça para garantir a quitação dos repasses atrasados. Sem o pagamento da dívida, afirmam que não há possibilidade de retomar o atendimento aos mais de 50 mil usuários, suspenso desde a semana passada.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de MT (Sindessmat), José Ricardo de Mello explica que a manutenção do atendimento levaria à falência 80% das unidades que fazem o atendimento. "Geramos mais de 10 mil empregos e isso tem um custo. Não dá para pagar sem estes repasses".
Além de acionar o governo para o pagamento das contas, é intenção do Sindessmat se reunir com os servidores, diretamente afetados com a paralisação para explicar os motivos da paralisação. "Acho que eles devem também procurar a Justiça, afinal, pagam por um produto que não conseguem usar".
Mello ressalta que a postura do Estado, que não cumpriu acordo referente a débitos de setembro do ano passado, faz com que o plano perca completamente toda a credibilidade. "Não é fácil para um hospital suspender os atendimentos, mas somos o final da linha. Antes do hospital existem os laboratórios, médicos, fornecedores, que também não receberam".
Novo plano – O presidente do Sindessmat criticou a decisão do governo em criar um Projeto de Lei Complementar para dar ao servidor uma nova opção de plano de saúde. "Sem o pagamento, nenhuma operadora vai querer atender, porque a credibilidade do plano está perdida. Sem os repasses, nem a melhor operadora do mundo vai conseguir garantir o atendimento".