PUBLICIDADE

Operação mira criminosos por extorquirem e ameaçarem comerciantes em Mato Grosso

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Gerência e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) deflagraram hoje a Operação A César o que é de César para cumprir mandados de prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas de investigados por extorsão, a serviço de uma organização criminosa, contra comerciantes em Várzea Grande. As investigações têm como principais alvos dois suspeitos que ameaçaram e extorquiram lojistas a pagar uma taxa sobre o faturamento ou teriam seus estabelecimentos incendiados. As represálias se estenderam ainda a funcionários e familiares das vítimas.

O delegado responsável, Antenor Pimentel Marcondes, apontou que a extorsão tem se tornado a prática criminosa mais recente da facção criminosa para a captação de recursos ilícitos, sob graves ameaças de morte aos comerciantes que se negam a contribuir.

Os policiais civis iniciaram a apuração em novembro do ano passado. As denúncias apontaram que a facção estava exigindo dos comerciantes uma “taxa de funcionamento” no percentual de 5% sobre o faturamento mensal das lojas. Além das ameaças diretas aos estabelecimentos, o grupo ainda amedrontava vítimas e testemunhas ao colocar duas advogadas para ‘acompanhar’ os depoimentos como forma de vigiar o que seria dito à Polícia Civil, sem que houvesse sequer a solicitação dos depoentes para os serviços advocatícios, detalhou a polícia.

Durante o inquérito policial, foi apurado que o principal alvo da investigação e líder do esquema criminoso, apresenta um patrimônio incompatível, uma vez que não foi comprovada renda formal, apesar de constar registro como funcionário de uma churrascaria em Cuiabá, porém, não exerce nenhuma atividade no local. A Polícia Civil informou que comprovou que ele e a esposa têm veículos de luxo, além de imóveis. A decisão judicial abrange o sequestro dos veículos que estão em nome da esposa do investigado.

A polícia detalhou também que o líder do grupo criminoso, para reforçar a intimidação e ocultar sua identidade, usa a imagem de Tommy Shelby, personagem da série Peaky Blinders. Ele também se apresentava como “disciplina” da facção ao abordar os lojistas. “Ele e os cúmplices monitoram as rotinas e mantêm presença constante nos estabelecimentos, sob o pretexto de oferecer “segurança”. Diante da recusa ao pagamento, o grupo recorria a ameaças de morte, violência física e incêndios criminosos contra os comerciantes, funcionários e familiares. O investigado ainda faz chamadas de vídeo em grupo pelo WhatsApp para intimidar as vítimas e define os valores exigidos e os métodos de pagamento, que podem ser feitos em dinheiro ou Pix”, acrescentou a polícia.

A GCCO reforça que denúncias sobre fatos semelhantes podem ser denunciadas diretamente à unidade policial, com o sigilo garantido, pelos telefones (65) 98173-0700 ou 197. 

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE