A água que chega às casas de moradores de Cuiabá e mais 14 capitais brasileiras está contaminada com um poderoso indicador da presença de dejetos industriais, agrotóxicos e remédios: a cafeína. A denúncia é feita pela revista Veja, com base em uma pesquisa do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA), sediado no Instituto de Química da Unicamp. Foram coletadas amostras recolhidas diretamente da rede de distribuição – a mesma água que sai de nossas torneiras e é considerada potável pela legislação atual.
A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e presença constante no esgoto humano. Não faz – necessariamente – mal à saúde, mas, por semelhanças químicas, sua presença na água sinaliza a existência de outros contaminantes, em particular os chamados poluentes emergentes, resíduos cada vez mais presentes nas águas do mundo e que só agora começam a despertar a atenção dos órgãos de saneamento. Entre essas substâncias, está a fenolftaleína, que tem seu uso como laxante proibido pela Anvisa, e o triclosan, um antisséptico usado em medicamentos, cremes dentais e desodorantes. Sua proliferação em rios e reservatórios é resultado do crescimento das cidades e de novos processos industriais.
Outro lado: De acordo com a assessoria da CAB Cuiabá vai se pronunciar ainda hoje sobre o assunto