Enfermeiros, técnicos e auxiliares planejam greve nacional pela aprovação do projeto de lei que regula a jornada de trabalho das 3 categorias. Amanhã, mais de 5 mil profissionais, representantes dos 26 Estados e do Distrito Federal, estarão em Brasília. Além da paralisação, os profissionais podem também cancelar uma campanha de vacinação em massa.
Estimativas do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen) apontam que mais de 1,4 milhão de profissionais atuem nas 3 áreas, 19 mil em Mato Grosso. O presidente da entidade, Dejamir Soares, destaca que a categoria é uma das únicas a não possuir jornada regulamentada.
Um dos motivos de o Projeto de Lei, segundo o sindicalista apoiado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela presidente Dilma Rousseff, não ser votado na Câmara dos Deputados é o fato de que 176 deputados federais são médicos, proprietários de hospitais, que temem aumento nos gastos.
Soares alega que o aumento nos gastos seria maior no setor público. "E neste aspecto já temos o apoio dos gestores em nível federal". Em Cuiabá, o Sinpen já conseguiu a regulamentação por meio do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que atende 70% dos servidores do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).