O secretário de Saúde de Sinop, Mauri Rodrigues de Lima, disse que vícios adotados na Unidade de Pronto Atendimento da avenida das Itaúbas, não serão levados para a nova que está sendo construída na avenida André Maggi. Ele declarou que a primeira unidade “perdeu” a característica de urgência e emergência diante da “superpopulação”. Usou este termo para descrever o grande número de pessoas que procura o local, diante de casos que poderiam serem resolvidos nos postos de saúde, por exemplo, apontado como um dos grandes problemas. São cerca de 8 mil atendimentos/mês, inluindo também pacientes de outros municípios.
“O PA de Sinop é uma unidade que serve como um hospital praticamente. Ela está descaracterizada. Uma unidade de urgência e emergência é para atender 24 horas. E por conta até das dificuldades que nós temos, tem pacientes que ficam até mais lá. Mas isso não é o grande problema, porque são de fato pacientes que precisam da urgência e emergência. Mas uma superpopulação que não necessariamente necessitaria de estarem lá”, disse, em entrevista ao Só Notícias.
No entanto, Mauri falou que a situação do atual PA acabou surgindo diante da necessidade. “Mas que fique bem claro e registrado isso. Foi uma situação posta quando necessária. Não vem aqui nenhuma crítica da maneira que foi conduzido. Se adapta-se à necessidade. Se o PA, nesses últimos 10 anos se submeteu a isso é porque tinha um motivo. Agora é hora de se fazer essa correção. Agora vamos para uma unidade nova e que o PA [da avenidas das Itaúbas] será incorporado ao hospital regional”.
Há pouco mais de uma semana, Mauri anunciou o novo modelo de atendimento no Pronto Atendimento, baseado na classificação de risco, para justamente desafogar a unidade. Quem realmente precisa do atendimento emergencial é prioridade. Casos menos graves são atendidos posteriormente ou, inclusive, encaminhados aos postos de saúde.
Com a nova UPA, o secretário falou que a intenção do prefeito Juarez Costa (PMDB), é aliá-la também ao aumento a “da cobertura dos PSFs (Postos de Saúde) e ampliar o atendimento das outras unidades, como no centro o CEM (Centro de Especialidades Médicas). Queremos que a UPA exerça a sua função. Ela vai ser a unidade intermediária entre os PSFs e o Hospital Regional”, adiantou.
Os profissionais da saúde que atualmente trabalham no PA da avenidas das Itaúbas, atuarão na nova unidade. “São pessoas preparadas, treinadas, desenvolveram seu papel em praticamente um verdadeiro hospital. Então, estão preparadíssimas para ir para a UPA. Só resolver detalhes de fluxograma”, disse. A previsão é que as obras sejam concluídas mês que vem, com o funcionamento este neste semestre.
A unidade terá 1.586 metros quadrados de área construída, com investimento estimado em R$ 2 milhões, recursos do governo federal. A capacidade será para atender entre 151 a 300 pacientes em 24 horas e devendo ser composta por, no mínimo, quatro médico (entre pediatras e clínicos gerais) por plantão.