Parece existir uma regra entre os presidentes, governadores e prefeitos – ano um da administração: fecham-se as portas e fala-se para o povo que o administrador pegou algo quebrado. Ano dois: aumentam-se os impostos e informa-se aos eleitores que o remédio amargo é para curar a doença provocada pelo antecessor. Ano três, novas desculpas são dadas para enrolar e fazer de conta que o trabalho está andando, na dúvida, então, mete-se uma reforma administrativa. E no ano quatro tudo fica lindo, pinta, reforma, enfeita, coloca dinheiro na comunicação porque tá chegando a reeleição!
Estamos no terceiro ano do governo do amor. Lula tem exalado bons sentimentos entre os que rodeiam, mas eles ao que parece estão cansando. O ministro das Comunicações rodou e o que chegou não está dando conta do serviço. O moço da Economia não passa confiança ao mercado e assume as culpas por situações como a do PIX, Haddad segue como o menino de recados entre Lula e a Faria Lima, mas não tem autonomia e não consegue se impor.
Agora, terceiro ano do Lula, ele se vê apregoado com uma pesquisa que mostra como está sem credibilidade. Saiu ontem e repercute hoje o péssimo desempenho de aceitação dele e do governo dele. São coisas distintas, mas que se alinham em relação aos números ruins.
A culpa, claro, não é dele… como sempre. É comum na esquerda o hábito de terceirizar os erros próprios. Agora, o presidente tenta intervir nos preços dos alimentos, alegando que produtores rurais e donos de supermercados são pessoas más e que querem ferrar todo mundo. Ledo engano, agricultores e comerciantes querem que as pessoas comprem e continuem comprando. Diferente dos oportunistas que pretendem ganhar as eleições, faturam e depois somem por um tempo para então voltarem como salvadores da pátria. No mercado é preciso constância e também que os políticos não interfiram. É premissa da democracia: mercado livre e imprensa independente.
Note que a imprensa, em especial a Globo, parou de proteger e está evidenciando o mal desempenho do governo atual. Com base em números, talvez em faturamento também.
Localmente, Sinop sente o terceiro ano de Lula, com recuo no setor imobiliário e em outros também importantes para a nossa economia. Claro, o dinheiro não pegou fogo ou sumiu, mas alguém está retendo, segurando e isso pega mal, paralisa outros setores que estão ao redor dos terrenos como o de materiais de construção, os prestadores de serviços, decoradores, móveis e por aí vai.
O que salva, mais uma vez, é o agro. A colheita, até esse momento em nossa região, vai bem. Tomara que siga nesse ritmo. Quando tem soja indo para o armazém, tem combustível sendo queimado, caminhão rodando, pneu sendo trocado, gerente de fazenda comprando terreno e outras ações que se desencadeiam direta e indiretamente.
Sejamos otimistas, apesar dos pesares. Sinop já passou por tantas provações que nosso couro está duro. Esse terceiro ano de Lula e sua turma é mais uma prova de resistência. Sejamos resistentes e perseverantes.