O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), falou, ontem, sobre a polêmica decisão do Conselho de Saúde do município que suspendeu o repasse mensal de R$ 460 mil que era realizado pela administração municipal ao Hospital São Lucas. Ele explicou que a unidade é uma instituição de cunho filantrópico já reconhecido pelo município e Estado, mas que ainda aguarda o reconhecimento do governo federal.
Otaviano reconheceu que há um débito com o INSS, de aproximadamente R$ 7,5 milhões. “Por se tratar de uma instituição filantrópica, o hospital está entrando em acordo com o INSS. A dívida será extinta desde que sejam pagos rigorosamente, a partir de agora, os tributos referentes a folha de pagamento dos profissionais da unidade hospitalar”.
O déficit mensal do hospital é de quase R$ 200 mil e as receitas não cobrem estas despesas. “30% da receita do hospital vem dos planos de saúde, particular e outros convênios, e o município sustenta com a compra de serviços, aproximadamente 50% da receita”.
Apesar de considerar legítima a atuação do Conselho Municipal de Saúde, Otaviano disse que não concorda com o bloqueio dos recursos. “Se uma mãe que tem seu filho para criar, ela vai comprar o leite para o filho ou vai preferir pagar o IPTU ? Foi exatamente isso que os gestores fizeram ao deixar de recolher o INSS. Se o hospital paga os servidores para atender aos pobres, que não pagam nada, então, como é que o hospital, que é uma instituição filantrópica, vai ficar devendo R$ 7,5 milhões para o INSS”, expôs o gestor.
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