PUBLICIDADE

Fenam quer que Procuradoria-Geral do Trabalho investigue Mais Médicos

PUBLICIDADE

A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou hoje (27) à Procuradoria-Geral do Trabalho a investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. "No Brasil ou você está dentro do regime estatutário, por concurso público, ou você está no regime trabalhista. A terceira via é precarização", defendeu o advogado da Fenam, Luís Felipe Andrade.

A entidade alega que o fato de os médicos não revalidarem os diplomas vai causar restrição de locomoção, o que, segundo a entidade, é uma das características do trabalho escravo. "O que nós exigimos é que a lei brasileira seja cumprida. Além disso, não podemos aceitar que os profissionais recebam remunerações diferentes", frisou o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira, referindo-se aos médicos cubanos.

Todos os profissionais do Mais Médicos receberão uma "bolsa-formação" pelo serviço nas regiões carentes. Não haverá contrato de trabalho. O Ministério da Saúde defende que o pagamento será por bolsa porque os médicos farão uma especialização na atenção básica ao longo dos três anos de atuação no programa. Além disso, a pasta ressalta que o governo federal vai contribuir com a Previdência Social, para que os profissionais possam ter direito a licenças e outros benefícios.

Os médicos cubanos vêm atuar no Brasil em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no Mais Médicos. O Ministério da Saúde brasileiro firmou acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que a entidade internacional buscasse parcerias para a vinda de médicos para o país. Desta forma, a Opas fez acordo com Cuba, prevendo inicialmente a vinda de 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais desse acordo a chegarem no país vão atuar em parte das 701 cidades que não receberam inscrições individuais de médicos.

No acordo, os repasses financeiros serão feitos do Ministério da Saúde para a Opas, da Opas para o governo cubando e este é quem pagará os médicos. Inicialmente nem a Opas e nem o Ministério da Saúde souberam especificar quanto dos R$ 10 mil pagos por médico será repassado para os profissionais, porém, o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse depois que a remuneração ficaria entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.

O Mais Médicos também foi questionado pela Fenam em Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) no Supremo Tribunal Federal. O documento denuncia a violação do regime jurídico único dos servidores, pois não haverá concurso público para a contratação dos médicos e o exercício ilegal da profissão pelos médicos com diploma estrangeiro, pois eles não vão passar pela revalidação do diploma.

Hoje, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal abriu uma investigação para apurar as condições de trabalho oferecidas aos médicos cubanos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Pesquisadores desenvolvem software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

Projeto que está em desenvolvimento pelo Laboratório de Pesquisa...

Campanha de doação de sangue será sábado em Lucas do Rio Verde

A nova campanha de doação de sangue em Lucas...

Caminhão do Amor oferta exames gratuitos para mulheres em Sorriso

O caminhão do Hospital do Amor está em Sorriso...
PUBLICIDADE