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Governo tenta reduzir espera para as cirurgias eletivas no Estado

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Em 2012 o Ministério da Saúde liberou cerca de R$ 6 milhões para Mato Grosso para reduzir o tempo de espera para as cirurgias eletivas, ou seja, aquelas que podem ser agendadas. Em todo o Brasil já foram investidos R$ 650 milhões em procedimentos desde o lançamento do mutirão de cirurgias eletivas em agosto do ano passado. Os procedimentos são realizados nas áreas de ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, além de tratamento de varizes e retirada das amígdalas. Desse total, aproximadamente R$ 2 milhões vieram para os hospitais da rede de saúde pública da Capital.

Entre as cirurgias eletivas mais procuradas em Cuiabá estão a hérnia de disco e retirada de vesícula. Depois delas estão as cirurgias ortopédicas reparadoras, que são realizadas para corrigir pequenas deformações após um período em que o paciente passa por um tratamento. Também fazem parte dos procedimentos ele- tivos cirurgias como laqueaduras, vasectomias, adenóides, tratamento para varizes e correção de catarata.

Porém, a meta de diminuir as filas de espera não foi atingida em Mato Grosso. Nas unidades de saúde que realizam esses procedimentos as filas são longas e não há previsão de quanto tempo o paciente pode esperar por uma cirurgia. Até mesmo para se chegar ao diagnóstico do problema a espera é longa, o que leva muitas pessoas a pagarem por tratamentos e procedimentos que podem ser feitos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um desses casos é o do desenvolvedor de sistemas Fábio Prado Gomes, 30, teve que recorrer à rede particular para conseguir amenizar as dores que sen- tia na coluna. O primeiro atendimento que recebeu foi na Policlínica do CPA 1, um dia após ficar com a colu- na paralisada sem nenhum motivo aparente.

Depois de um raio-X em que nada de anormal apareceu e um quase diagnóstico de bacia quebrada por um equívoco no exame, a indicação do clínico geral que o atendeu foi clara: “a suspeita é de seja hérnia de disco, mas eu te aconselho uma ressonância para detectar o problema, porque pelo SUS a espera pelo exame é de mais de 1 ano”.

Por 4 dias ele ficou com muita dor e mal conseguiu trabalhar. A solução, que dessa vez doeu no bolso e não na coluna. Pagou uma consulta na rede particular de saúde, pois na Policlínica o médico não receitou nenhum medicamento para resolver a dor que ele sentia. Sem receita médica e sofrendo com as dores, Fábio optou por pagar a consulta para tentar resolver mais rapidamente o problema.

O ortopedista consultado, que além de receitar remédios que diminuíram a dor, também pediu a ressonância. Depois dos remédios, a dor reduziu, porém, conseguir tal melhora não saiu barato para. Somando o valor gasto com a con- sulta e o exame, o desenvolvedor de sistemas já desembolsou mais de R$ 1 mil em pouco mais de uma semana. “Só a ressonância custou R$ 820”. Mesmo tendo visto os benefícios, ele torce para que o exame não aponte uma hérnia de disco, pois a cirurgia que corrige esse problema custa cerca de R$ 7 mil em um hospital particular.

Fábio afirma que não conseguiu resolver o problema de outra forma. “Quem sabe quanto tempo eu poderia ficar esperando com dor? É caro, mas ainda é melhor do que esperar mais de 1 ano por um exame e sentindo dores todos os dias”. Pagando pelos procedimentos, o tempo de espera entre a consulta e o exame foi de uma semana.

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