A Polícia Militar prendeu em flagrante o homem, de 32 anos, denunciado por agredir a mãe, de 49 anos, em frente à residência da vítima, na segunda-feira (6). Segundo a delegada de Polícia Civil, Jéssica Cristina, titular do Núcleo de Defesa da Mulher em Sorriso, o suspeito chegou a bater no vidro do carro da mãe, que estava chegando em casa no momento da agressão.
“Eles tiveram uma discussão, no decorrer ele aplicou um mata-leão nela, e acabou chutando até o cachorro da mãe. Ela ligou para a Polícia Militar que prontamente foi ao local e prendeu esse suspeito em flagrante delito. Foi autuado aqui pelos crimes de maus tratos aos animais, bem importante ressaltar que é um crime grave, com pena de 2 a 5 anos quando se trata de animal doméstico, cão e gato, uma proteção ainda maior que a lei de crimes ambientais ofereceu, pelos delitos de vias de fato e ameaça contra a genitora”.
“Tudo no contexto de Maria da Penha, uma vez que se trata de uma relação de parentesco, esse suspeito mora com os pais, muito embora tenha a própria residência, ele tem esses rompantes violentos e se recusa a sair de casa. Ele não estava embriagado, foi um ataque de fúria mesmo que ele teve, a gente não sabe se ele tem alguma questão de saúde mental ou não, mas em sede flagrancial não é algo que dê tempo dentro das 24 horas e a gente atestar, confirmar com certeza vai ser apurado ainda no decorrer do inquérito policial”, detalhou a delegada.
Ainda segundo Jéssica, a vítima se queixou dos comportamentos violentos do filho, entre eles empurrões, ameaças indiretas e o ato de quebrar pertences dos pais. “É uma situação delicada e essa mulher precisa ser amparada com medidas protetivas de urgência. Antes de uma pessoa sofrer uma agressão, via de fato, lesão corporal, muitas vezes o agressor dá sinais de que isso está prestes a acontecer por meio de crimes de ameaça, que é um delito que ele não se consuma apenas por uma ameaça verbal direcionada à vítima, mas existem gestos que causam o temor de uma agressão, gestos que implicam, amedrontamento da vítima mesmo, essa questão de jogar um objeto no chão”.
“Muitas vezes violência psicológica também, já que visa com esse tipo de atitude a controlar o comportamento da vítima, silenciá-la ou até mesmo intimidá-la de não procurar a Polícia judiciária Civil, ou a Militar, por medo de que essa pessoa faça algo contra si mesma. É bem importante destacar que se trata de delito, é um crime de ameaça, pode ser violência psicológica, e isso escalona, pode culminar em uma lesão corporal, numa via de fato, até mesmo num feminicídio”, concluiu.
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