A situação do Hospital Regional de Colíder é semelhante a de Alta Floresta, com poucos médicos, cirurgias eletivas suspensas e atendimento somente casos de urgência e emergência. A unidade, que já foi uma das melhores do Norte do Estado, está vazia, quase sem internados, sofre com a falta de medicamentos e de pessoal.
Uma fonte informou ao Só Notícias que os médicos ainda não falam em paralisar totalmente as atividades e aguardam posicionamento do governo do Estado, que decretou a intervenção e tem um prazo de 180 dias, que já está transcorrendo, para pôr as coisas em ordem. “Até agora, não houve mudanças, está difícil trabalhar devido a falta de insumos hospitalares. Muitos já pediram desligamento”, comentou um médico.
Em Alta Floresta, os médicos pretendem paralisar totalmente as atividades até 2 de junho. O Estado nega essa possibilidade e diz que está tudo sob o controle da interventora nomeada. Nesta sexta-feira, será realizado um manifesto em "prol da vida" envolvendo integrantes do Conselho Municipal de Saúde e da sociedade civil. Será a partir das 18h, com saída da câmara de vereadores, “para enfatizar que o Estado tem que cumprir seus deveres constitucionais e não ficar dependendo de liminar judicial”.
O governo do Estado decretou intervenção administrativa nos hospitais regionais gerenciados pelo Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas). A Comissão Permanente de Contratos constatou inadimplência por mais de 120 dias do Ipas com fornecedores, prestadores subcontratados pela Organização Social de Saúde no caso específico o corpo clínico dos hospitais e também o não pagamento de água, luz, materiais hospitalares, que resultaram no risco de paralisação das atividades dos hospitais e a precarização do atendimento à população.
(Atualizada às 8h)