O Ministério Público do Estado informou hoje que está atuando para buscar soluções administrativas acerca da classificação como imprópria para banho da Cachoeira do Onze. O ponto turístico fica no distrito de União do Norte, localizado no município de Peixoto de Azevedo (200 quilômetros de Sinop), e é frequentado por dezenas de pessoas, principalmente, aos finais de semana.
Conforme Boletim de Balneabilidade elaborado pela superintendência de Recursos Hídricos da secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema-MT), a praia da cachoeira foi considerada imprópria em razão dos níveis da bactéria Escherichia coli serem superiores ao permitido. Esse microrganismo pode causar infecções, como a infecção urinária ou gastroenterite (inflamação ou infecção que acomete a mucosa que reveste o tubo digestivo).
De posse do boletim, o Ministério Público de Mato Grosso determinou o registro de procedimento e a designação de reunião com representantes da prefeitura Municipal, secretaria Municipal de Meio Ambiente, secretaria Municipal de Saúde, secretaria de Estado de Meio Ambiente, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, a fim de buscar solução para a contaminação da Cachoeira do Onze.
A promotora de Justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes explica que, segundo o boletim da Sema-MT encaminhado ao MPMT pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Médio Teles Pires, balneabilidade é a medida das condições sanitárias das águas destinadas à recreação. A avaliação das condições de balneabilidade é realizada conforme resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que classifica as praias em próprias e impróprias.
“A utilização da água para fins recreativos é um grande atrativo do nosso Estado, especialmente em locais próximos às cidades. O Boletim de Balneabilidade da Sema-MT analisou as 11 praias do Médio Teles Pires, classificando apenas três como impróprias: Cachoeira do Onze, em Peixoto de Azevedo, Balneário Cachoeirinha, em Guarantã do Norte, e Cachoeira Mercúrio, em Colíder”, revelou a promotora de Justiça.
Considerando os riscos à saúde dos banhistas, o relatório do Estado apresenta uma série de recomendações, como: evitar a recreação de contato primário (balneabilidade) nos locais que foram classificados como impróprios; evitar o banho após a ocorrência de chuvas de maior intensidade; e evitar ingestão de água destes locais, sem o devido tratamento, com redobrada atenção para as crianças e idosos, que são os mais sensíveis e menos imunes que adultos.