A prefeitura realizou, hoje, ação de orientação para combate ao caramujo africano, no bairro Jardim Califórnia. Introduzido clandestinamente no Brasil como substituto do escargot, o molusco é um potencial hospedeiro dos nematoides (vermes) que podem causar a meningite e a peritonite. No entanto, em Mato Grosso ainda não foi detectado nenhum caramujo infectado.
De acordo com a assessoria da prefeitura, a equipe da Defesa Civil Municipal demonstrou a moradores do bairro os procedimentos corretos que devem ser adotados para combater o caramujo. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Oscar Amélito, a recomendação é para que os moradores realizem a catação dos moluscos utilizando luvas ou sacolas (nunca tocá-los sem proteção) e os coloquem em uma solução contendo água e sal. Para cada litro de água, deve-se dissolver cinco colheres de sal. “Eles devem ficar mergulhados nessa solução por três horas e, em seguida, devem ser enterrados. Além de transmitir doenças, suas conchas podem acumular água, contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue”.
Marcos Borges Lanza, biólogo da Defesa Civil, explica que o caramujo africano é hermafrodita, por isso se reproduz com muita facilidade e rapidez. Cada caramujo pode botar até 350 ovos por ano. Além disso, não possui predadores naturais. “É muito importante evitar o contato com o molusco e com a gosma dele, pois é ela que transmite doenças. Também é essencial enterrá-los, e não simplesmente jogá-los no lixo”.
A ação realizada hoje no bairro Jardim Califórnia foi só a primeira. Devido ao alto índice de infestação em Cuiabá, a Defesa Civil Municipal solicitou auxílio do Exército para as próximas, que ainda serão planejadas.