O município apresentou uma significativa diminuição nos registros de novos casos de hanseníase, em 2013, mas a maioria deles são graves. Durante o ano passado, foram 102, enquanto que em 2012 o número foi 154; em 2011, 148; e em 2010, 155. O coordenador do Programa Municipal de Hanseníase, Pedro Henrique, explicou, ao Só Notícias, que a maior parte dos pacientes detectados com a doença apresenta o tipo multibacilar, que é justamente o estágio mais avançado. Ele disse ainda, que 60% dos casos ocorreram em homens, sendo a maioria “adultos jovens”. Outros 9% foram registrados em crianças, ultrapassando a média nacional, que é abaixo de 5%.
Na avaliação de Henrique, a diminuição no número de registros se deve à mobilização da Secretaria de Saúde, que realizou triagens nas escolas com alunos até seis anos, palestras educativas em várias empresas e capacitação de profissionais, além do mutirão “carreta da saúde” ocorrido entre o final de novembro e o início de dezembro, e que atendeu gratuitamente pessoas com suspeitas da doença. Apesar disso, ele reforça que a situação é preocupante, e que as pessoas devem procurar informações e tratamento o mais rápido possível.
“Com a população mais informada, aumenta a possibilidade delas buscarem atendimento rápido e diminui o preconceito com a doença, contribuindo para uma redução nas transmissões”, explicou. A hanseníase, que antigamente era conhecida como lepra, é infecto contagiosa e pode ser transmitida de uma pessoa para outra por vias aéreas, através de gotículas de ar.
Atualmente, 121 pessoas estão em tratamento no Centro de Hanseníase e Tuberculose de Sinop. Em 2012, haviam 170; em 2011, 162; e em 2010, 171.