O monitoramento do Programa Alta Floresta Não Atropela está registrando a presença dos primeiros primatas nas sete pontes de dossel instaladas em pontos estratégicos do município. O monitoramento está sendo conduzido por Fernanda Abra, idealizadora do projeto Reconecta, que, além de ser responsável pelo acompanhamento, atua de forma voluntária.
O primeiro registro oficial do monitoramento do Programa Alta Floresta Não Atropela foi de um macaco-prego (Black-Capped Capuchin-ing), na ponte 2, que está localizada na região do aeroporto, no dia 19 de outubro.
Foram instaladas câmeras traps nas pontes de dossel, onde, a partir do movimento dos animais, ativam o registro fotográfico e de vídeos. As informações coletadas por todas as câmeras estão em análise para identificar qual foi o primeiro registro oficial.
A iniciativa iniciou em meados de outubro e teve como inspiração a espécie de primata zogue-zogue-de-alta-floresta, recentemente descoberta no município, mas que já sofre ameaça de extinção.
“Teremos informações importantes aqui em Alta Floresta, como, por exemplo, quais pontos estão sendo mais utilizados ou menos utilizados, quais os horários e quais as espécies”, explica Fernanda Abra.
A proposta das pontes de dossel é permitir que os macacos não precisem atravessar as vias terrestres. O objetivo é reduzir o número de acidentes, especialmente envolvendo motociclistas, considerando que os primatas passarão a utilizar as pontes. Dentro do Projeto Alta Floresta Não Atropela, também estão previstas passagens subterrâneas para animais silvestres, como antas, capivaras, tatus, tamanduás, entre outros.
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