Entre as doenças mais apontadas do coração estão o aumento das arritmias cardíacas (aceleramento ou lentidão nas batidas do coração) nas mulheres com idade entre 15 e 44 anos. “Antes as arritmias eram acometidas em pessoas com idade acima dos 60 anos e a maioria em homens. Hoje o número de procedimentos que fazemos em Cuiabá está equiparado uma mulher para um homem, o que mostra que o coração feminino precisa de mais atenção”, afirma o médico cardiologista arritmologista José Silveira Laje.
Ele cita um estudo com 648 mulheres internadas que foi feito no HCor (Hospital do Coração) em São Paulo, com idade entre 15 e 44 anos, mostrou aumento dos casos de arritmias cardíacas de 48% para 66%, entre 2008 e 2012. Nesse período, o percentual de mulheres que recebeu tratamento cirúrgico/ hemodinâmico para correção de arritmia cardíaca variou de 45% para 61%. “ As arritmias estão ligadas a problemas graves, como infarto e derrame cerebral, e podem matar, por isso é imprescindível que se visite o cardiologista pelo menos uma vez por ano ou quando sentir um aceleramento ou uma lentidão nas batidas do coração”, explica o especialista
Em média o coração deve bater de 60 a 100 vezes por minuto, em condições normais. Se após um exercício físico o ritmo cardíaco que se alterou não voltar ao normal, tem que se procurar um cardiologista. Os principais sintomas da arritmia são palpitação, fadiga, falta de ar, cansaço, desmaio, tontura e dor no peito. Porém, a doença também pode acontecer de forma assintomática, que o paciente não identifica, por isso fazer exames cardíacos regulares é muito importante.
No caso das mulheres é preciso ainda mais atenção, visto que ela os confunde, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, sem identificar os sintomas, pode não procurar um médico no momento certo que pode salvar sua vida”, alerta Laje.