O Ministério da Saúde confirmou, hoje, que Mato Grosso tem 72 casos de microcefalia relacionada ao zika vírus. Todos estes registros ainda estão sob investigação e nenhum foi confirmado ou descartado. O ministério também aponta que não há nenhum registro de óbito no Estado por suspeita desta doença.
De acordo com o novo boletim epidemiológico, foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos até o dia 12 deste mês. Esses casos estão distribuídos em 549 municípios de 20 estados. Nenhum deles fica em Mato Grosso. O estado com o maior número de casos sob investigação é Pernambuco com 874. Destes, 29 foram confirmados e 17 descartados. Não ocorreu nenhuma morte por esta doença neste estado.
A circulação do vírus Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação da circulação do vírus em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Durante a apresentação dos novos dados de microcefalia, nesta terça-feira, o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Claudio Maierovitch, disse que o Ministério da Saúde está trabalhando no fortalecimento do diagnóstico para o vírus Zika.
Ele explicou que 18 laboratórios já estão capacitados, sendo 13 centrais e cinco de referência. O teste para a confirmação do vírus Zika deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.
Além de destacar o fortalecimento da rede de laboratórios, Claudio Maierovitch, alertou para os cuidados necessários neste verão. “É muito importante, neste período de festas e férias, que as pessoas, antes de viajarem, façam uma varredura geral em suas casas, eliminando todos os possíveis focos do mosquito. Devido às condições climáticas, esse período de verão é um momento de maior circulação do mosquito”, alerta Maierovitch.
O Ministério da Saúde estuda, junto com especialistas e gestores locais de saúde, um novo modelo de notificação. Este novo modelo de avaliação faz parte dos estudos que envolvem o vírus Zika, uma doença nova que chegou ao Brasil em maio deste ano e é desconhecida para a literatura mundial.