A equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Sinop cumpriu hoje mandados de prisões e de buscas e apreensões a envolvidos no homicídio da ex-vereadora em Sinop, Santrosa, de 27 anos, encontrada morta no dia 10 do mês passado, em área de mata na região dos Vilas. Só Notícias apurou com uma fonte que foram expedidos seis mandados de buscas e apreensão e cinco de prisões temporárias e internação.
Das cinco prisões expedidas, duas foram cumpridas, sendo dois adolescentes, ambos de 17 anos, envolvidos nos atos criminosos. Três alvos são considerados foragidos.
Durante a investigação, a equipe policial identificou a residência onde a vítima foi mantida em cárcere privado e torturada. Na casa foram encontrados vestígios de sangue, além de uma toalha e uma camisa também com sangue e uma faca que, provavelmente, foi utilizada na execução da vítima.
Segundo a polícia, os menores de idade foram interrogados e confessaram participação no crime, detalhando como foi a ação criminosa. Eles contaram que Santrosa foi rendida em sua casa, no momento em que estava no banho, e começaram a torturá-la. Os investigados pegaram o telefone da vítima, onde havia diálogos e imagens de entorpecentes, e supuseram que as pessoas com quem ela conversou poderiam ser ligadas a outra facção criminosa. Após contato com um líder criminoso, foi dada a ordem de execução da vítima.
Os adolescentes relataram ainda em depoimento que foram roubados perfumes, dinheiro e entorpecentes da vítima. Depois, a levaram até outra residência, próxima à casa de Santrosa, e lá a mantiveram em cárcere privado e continuaram a torturar. Por volta das 18 horas do dia 9 de novembro, quando escureceu, levaram a vítima até a mata, onde ela foi encontrada, e a executaram, detalhou a polícia.
Os criminosos também fizeram transferência bancária da conta da vítima, fato que foi comprovado nas investigações. Um dos executores confessou ter feito pix da conta de Santrosa. A investigação prossegue com as análises das provas testemunhais, para posterior conclusão do inquérito policial e indiciamento dos envolvidos.
Segundo o registro da Polícia Civil no dia dos fatos, Santrosa desapareceu no dia anterior ao crime, quando saiu de casa por volta das 11 horas e tinha um show marcado para a noite, mas não compareceu. O delegado Bráulio Junqueira disse, na ocasião, que o crime estaria relacionado ao tráfico de drogas.
Santrosa foi candidata a vereadora no último pleito pelo PSDB, obteve 121 votos e ficou na suplência. Ela também era cantora.
À época dos fatos, a Bancada Feminina do Senado emitiu nota de pesar e indignação pelo brutal assassinato.
Em instantes mais detalhes.
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