A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop deflagrou, hoje, a segunda fase da operação Follow the Money contra alvos investigados pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no município. São cumpridos três mandados de prisões preventivas, três buscas domiciliares, sequestro de dois veículos, sequestro do capital social de uma empresa e sequestro de produtos. A decisão judicial determinou ainda o sequestro de 11 imóveis, sendo oito em Sinop, um em Cuiabá e dois em Altamira (PA).
A Polícia Civil confirmou que três pessoas presas, nesta segunda fase da operação, “atuavam como laranjas na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas”. Todos tinham sido presos na primeira fase da operação, em março deste ano, mas estavam em liberdade provisória.
O delegado Victor Hugo detalhou sobre a investigação. “Identificamos diversos imoveis que foram adquiridos por meio do tráfico de drogas. Esses imoveis são produtos do crime de tráfico e configuram como lavagem de dinheiro”. Ele também explicou sobre uma mulher envolvida em Cuiabá que utilizava a empresa de fachada. “A pessoa presa em Cuiabá é proprietária da farmácia que teve as atividades suspensas no mês de março, que por meio das investigações foi identificado que ela movimentou R$ 9 milhões em um período de dois anos. Essa movimentação é compatível com a lavagem porque os valores de entrada e saída eram semelhantes. Era uma empresa de fachada para que seja dada uma aparência de licitude daquele dinheiro que vem do tráfico”.
“A gente encerra essa fase da operação de um prejuízo que a gente calcula de R$ 10 milhões entre os imoveis, veículos sequestrados e também de cotas sociais de empresas. Uma investigação complexa e qualificada. Todos os três alvos que foram expedidos mandados foram presos, dois em Sinop e que serão encaminhados à Justiça”, acrescentou Victor Hugo.
O delegado também apontou que foram presos “irmão e a cunhada do líder da organização criminosa que atua na cidade de Sinop e está detido em uma penitenciária estadual”. O casal recebia ordem de dentro da unidade prisional e fazia negócios, como compra de imóveis, em nome deles e de ‘laranjas’ visando obter lucro e passar aparência de licitude aos valores oriundos da venda de drogas. “São aquelas pessoas que trabalhavam no lado financeiro, elas não trabalhavam diretamente nas atividades criminosas, elas faziam negociações dos líderes da facção. Compravam terrenos, fazendo com que o dinheiro do tráfico tivesse uma aparência”, concluiu.
O cumprimento dos mandados contou com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil de Mato Grosso. A operação também conta com a colaboração da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz).
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